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A indefinição da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a delação premiada do acionista da Andrade Gutierrez, Sérgio Andrade está prejudicando os avanços a investigação da Polícia Federal sobre as suspeitas de pagamento de propina nas obras da usina de Santo Antonio envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Em despacho no último dia 20 de fevereiro, o delegado da Polícia Federal Bernardo Guidali Amaral, do Grupo de Inquéritos do STF, mandou intimar os advogados do acionista da empreiteira e de dois outros funcionários da Andrade e da Odebrecht para se manifestarem sobre a “eventual homologação” de seus acordos de colaboração premiada. Segundo fontes ligadas à investigação, porém, a proposta de colaboração de Sérgio e a de outros nomes ligados à empreiteira ainda estão parados na PGR e só devem ter algum desdobramento daqui a, pelo menos, um mês.
Desde que assumiu, a procuradora-geral da República Raquel Dodge e sua equipe tem adotado critérios mais rigorosos para fechar acordos de delação premiada após as polêmicas envolvendo acordos firmados pelo seu antecessor Rodrigo Janot, o que mudou o ritmo dos acordos que vem sendo firmados na PGR. Após o despacho do delegado, a Polícia Federal chegou a agendar as oitivas de Sérgio Andrade e outros funcionários da empreiteira mas, na prática, como não têm seu acordo firmado ainda, eles não devem contar o que sabem. (…)
Na versão dos colaboradores, o tucano teria recebido R$ 50 milhões em propinas via contas no exterior de pessoas ligadas a ele. O valor, segundo os colaboradores, teria sido dividido em R$ 30 milhões da Odebrecht e R$ 20 milhões da Andrade. Um dos destinatários da propina, inclusive, seria uma conta em Singapura ligada ao empresário e amigo do senador Alexandre Accioly. O empresário nega que tenha recebido depósitos em favor de terceiros em suas contas, seja no Brasil seja em Cingapura. (…)
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