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Os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal têm nesta quarta-feira uma nova oportunidade de mostrar se vivem num mundo paralelo, ou no Brasil que vive uma grave crise econômica e que tem 13 milhões de desempregados.
A partir das 18h, os 11 magistrados discutirão, num salão anexo da Corte, a proposta orçamentária de 2019, que inclui uma possível revisão de até 16% em seus salários. Como os ministros do Supremo recebem o teto constitucional para o funcionalismo público, de 33.700 reais, um possível aumento pode desencadear reajustes que abalem ainda mais as depauperadas contas públicas. Algumas estimativas preveem gastos extras de até 3 bilhões de reais.
O aumento vem sendo defendido por juízes e procuradores, que devem fazer nova leva de pressão sobre a corte nesta quarta-feira. É uma demanda antiga, que tem como argumento uma defasagem no rendimento do judiciário. Há dois anos, uma proposta de 16% foi barrada. Ano passado, o ministro Ricardo Lewandowski, ex-presidente do Supremo, pressionou por um reajuste afirmando que já havia se comprometido com as categorias em sua gestão. Mas a presidente Cármen Lúcia defendeu responsabilidade dos magistrados num momento de grave crise econômica. O aumento foi barrado por oito votos a três.
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