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por Thiago dos Reis, baseado em diversos casos da Lava Jato:
O que aconteceria se motorista que movimentou R$ 1,2 milhão fosse ex-assessor de um petista, em 10 passos:
1- Moro mandava prender o assessor, prisão preventiva, sem previsão de soltura;
2- Com ele preso, longe da família, dos amigos, sem cerveja no fim-de-semana, sem vinho, comendo comida de merda da prisão, sem sexo, o MP faz terrorismo e diz que ele vai ficar no mínimo 5 a 10 anos preso;
3- O MP oferece delação premiada que vai fazê-lo ser solto em pouquíssimo tempo, só tem que delatar um petista;
4- Ele, preso há poucos dias, inocenta o petista no primeiro depoimento;
5- MP então pede condenação, faz tortura psicológica, acha mais crimes, diz que ele vai ficar 20 anos em cana;
6- O tempo passa, o assessor começa a sentir que vai realmente ficar naquele inferno por muito tempo, delata o petista sem provas mesmo;
7- Se ele não delatar, Moro acelera o processo e condena, pro cara já ficar ciente de que tá acabado;
8- Quando ele delata, o MP aceita a delação, sem provas mesmo, pede redução da pena e prisão domiciliar; Moro aceita e o cara é solto;
9- O MP solta na mídia a mais nova denúncia contra petista, os mais de 10 mil grupos de WhatsApp do Bolsonaro repassam a milhões de pessoas e também espalham via Facebook, de maneira bem sensacionalista, já pré-condenando o petista;
10- O criminoso é solto e tem o dinheiro da corrupção devolvido.
A diferença do caso Bolsonaro é que há provas e se Queiroz quisesse, conseguiria ainda mais provas. No caso de alguns petistas também haviam provas, mas o caso mais famoso, o de Lula, não há provas até hoje e ele segue condenado e preso.
Mas como Bolsonaro não é do PT, seu assessor não será preso, em duas semanas já teve tempo de ensaiar o discurso sem ser incomodado pela Justiça e pela mídia.
Os 10 itens descritos acima aconteceram com Léo Pinheiro, Marcelo Odebrecht e Antonio Palocci, entre outros. A pena de Odebrecht, por exemplo, foi reduzida de 79 anos para menos de 3 anos e ele foi solto na mesma hora. A multa da Odebrecht foi diminuída de R$ 15 bilhões para R$ 390 milhões. Um negócio da china: economizou 14 bilhões de reais.
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