Ações sobem e Vale vê oportunidade de LUCRAR com tragédia de Brumadinho; nenhum executivo de alto-escalão foi preso

Portal Plantão Brasil
31/1/2019 13:06

Ações sobem e Vale vê oportunidade de LUCRAR com tragédia de Brumadinho; nenhum executivo de alto-escalão foi preso

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2084 visitas - Fonte: Folha

A medida anunciada pela Vale para reduzir o risco de rompimentos de barragens prevê extração de minérios e representa uma atividade que dá ao rejeito de mineração uma sobrevida comercial —podendo, assim, trazer lucro à Vale.







O presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, anunciou que a companhia vai descomissionar, ou seja, descaracterizar, todas suas barragens construídas pelo método de alteamento a montante, como as que se romperam em Brumadinho e em Mariana.



De acordo com Schvartsman, a Vale tem 19 barragens dessas no país, nove já em descomissionamento. As outras dez serão interrompidas em até três anos.







Há dois tipos de descomissionamento de barragens de mineração: pode-se cobrir o terreno e reflorestá-lo ou pode-se aproveitar e refinar os minérios que ainda restam nos rejeitos da barragem.



Essa última técnica tem despertado interesse comercial crescente, sobretudo na região do quadrilátero ferrífero, no centro-sul de Minas Gerais, onde fica Brumadinho.



Desde 2016, os minérios extraídos nas barragens da região, chamados de pellet feed fines, têm sido usados pela Vale para criar um produto chamado BRBF (Brazilian Blend Fines), uma mistura desses minérios com o tipo extraído no Sistema Norte de Carajás, mais nobre. O produto foi anunciado ao mercado internacional pela Vale em outubro.



Especialistas dizem que o refino de minério em barragens torna-se rentável quando sobe o preço do minério de ferro, como tem ocorrido desde o ano passado.



Procurada, a Vale não informou quantas barragens irão passar por esse processo. Na terça, Schvartsman afirmou que a técnica seria usada, mas não especificou em que barragem. "[Será analisado] caso a caso, [será analisada] qual é a facilidade de trabalhar em cada uma delas, isso é uma decisão técnica" disse.



Apesar de possuir teores de ferro menores do que os minérios extraídos das minas, o refino captado nas barragens apresenta concentrações significativas do material.



Segundo uma amostra captada na barragem 1 do Córrego do Feijão (a que se rompeu) e que consta em estudo da empresa de 2014, os rejeitos contidos ali apresentavam teores médios de 48,08% de ferro. Com o método de separação magnética, chegou-se a um concentrado com até 67,54% de teor de ferro.



OPINIÃO THIAGO DOS REIS: A VALE nunca se preocupou em aproveitar o resto dos rejeitos, que chegam a quase 70% de ferro, pois ganhou todas as minas DE GRAÇA quando foi entregue por FHC. Como as minas têm capacidade pra abastecer o mundo inteiro por 400 anos, a companhia não precisa se preocupar com o meio-ambiente ou se preocupar em reaproveitar os rejeitos para lucrar mais.



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