2539 visitas - Fonte: Folha
Com a saída do ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, a comunicação do governo de Jair Bolsonaro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passará a se restringir à equipe econômica.
O chefe da Secretaria-Geral era o único do primeiro escalão do Palácio do Planalto a falar diretamente com o presidente da Câmara, que é desafeto do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Aliados temem que isso possa prejudicar a articulação política do governo em projetos de peso, como a reforma da Previdência.
Maia tem boa relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, com quem conversa diariamente, e com o secretário da Previdência, Rogério Marinho. Na área política, porém, era Bebianno seu principal canal.
O parlamentar não tem mantido diálogo com Onyx, que articulou contra sua reeleição para o comando da Casa, e tampouco com o general Santos Cruz, à frente da Secretaria de Governo. As duas pastas são as responsáveis pela interlocução entre Executivo e Legislativo.
Bebianno tornou-se o centro de uma crise instalada no Palácio do Planalto depois que a Folha revelou a existência de um esquema de candidaturas de laranjas do PSL, presidido pelo ministro entre janeiro e outubro de 2018.
Depois, foi criticado publicamente pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), um dos filhos do presidente, além de ter sido chamado de mentiroso pelo próprio presidente.
Sua exoneração foi confirmada no final da tarde desta segunda-feira (18).
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