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Assim que a notícia da prisão do ex-presidente Michel Temer foi divulgada, o índice Ibovespa chegou a cair 2,5% e o real se desvalorizou. As prisões provocaram "pânico" na classe política e nos mercados, o que faz a reforma da Previdência entrar em modo de suspensão. Segundo a agência XP Política "um ambiente mais turvo e quente no Congresso não tem como ser bom para a reforma da Previdência". Ela acrescenta: "o judiciário e MP, que hoje prendem Temer, são as mesmas categorias que, junto com outras da elite do funcionalismo, farão pressão pesada contra a reforma no Congresso."
A reportagem do jornal El País destaca que "’Quanto maior o empoderamento fora, maior o poder de fogo dentro das Casas’, escreveram os analistas em nota enviada a clientes."
O presidente interino, general Hamilton Mourão, também manifestou preocupação nesta quinta-feira (21). Ele entende que a prisão do ex-presidente Michel Temer deixa um "ruído" na relação com o Congresso e que o governo tem "preocupação total" em garantir a base necessária para aprovação da reforma.
Mourão sabe que a prisão de Temer complica bastante a aprovação da reforma. Por se tratar de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), o projeto que muda as regras de aposentadoria para o regime geral requer um apoio mínimo de 308 deputados, em votação que é feita em dois turnos..
Ele ainda afirma: "tem ruído, vai ficar esse ruído, mas vamos aguardar, daqui a pouco pode ser que ele seja solto. Vamos ver o que vai acontecer".
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