Ex-diretor do Banco Rural é 1º condenado no mensalão tucano

Portal Plantão Brasil
18/12/2013 09:03

Ex-diretor do Banco Rural é 1º condenado no mensalão tucano

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7837 visitas - Fonte: Folha

O ex-diretor do Banco Rural Nélio Brant Magalhães é o primeiro réu condenado no chamado mensalão tucano, crime ocorrido na disputa eleitoral de 1998 na campanha do PSDB e que foi considerado pela Justiça e pela Polícia Federal o embrião do mensalão do PT, cinco anos depois.



A Justiça Federal em Minas Gerais condenou Magalhães a uma pena de nove anos e nove meses de reclusão pelos crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária de instituição financeira. Ele poderá recorrer em liberdade.



Esse é um dos muitos processos desmembrados do caso. Os outros quatro réus ligados ao Banco Rural denunciados nesse mesmo processo foram absolvidos por falta de provas, mas o Ministério Publico Federal recorreu.



O crime ocorreu na tentativa de reeleição a governador de Minas Gerais do hoje deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), que tinha como candidato a vice o hoje senador Clésio Andrade (PMDB).



Tanto no esquema do PSDB, em 1998, como no do PT, em 2003, o suposto operador foi o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O Banco Rural foi a instituição financeira usada por Valério para fazer as operações de crédito.



No mensalão petista, a presidente do Rural, Kátia Rabelo, e mais dois diretores foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).



Segundo a denúncia do mensalão tucano, os empréstimos bancários eram formas de encobrir supostos desvios de recursos de empresas públicas, usados na campanha.



Todos os envolvidos no mensalão tucano negam ter ocorrido irregularidades. São ao todo 24 pessoas denunciadas em seis ações penais.



Duas tramitam no STF, tendo como réus Azeredo e Clésio, que têm foro privilegiado. Outra, que tramita na Justiça mineira, tinha dez réus, mas o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia --então vice-governador-- já teve a acusação prescrita.



Segundo o Ministério Público Federal, a Justiça reconheceu que os valores de ao menos um dos contratos de empréstimo feitos pelo Rural foram usados para custear despesas da campanha de Azeredo. Reconheceu ainda que os contratos foram deferidos pelo Comitê de Crédito do Rural às empresas de Valério sem a exigência de garantias.



Na sentença, a juíza da 4ª Vara Federal, Camila Velano, fez a ligação dos dois casos --o mensalão tucano e o petista-- que tiveram a mesma pessoa como operadora.



"Os fatos narrados na denúncia subsumem-se [incluem-se] completamente àqueles descritos na ação penal 470, tidos como atos de gestão fraudulenta. Mesmo que a fraude aqui narrada refira-se ao chamado mensalão tucano, não se podem dissociar as condutas dos dirigentes do Banco Rural neste esquema daquelas descritas no mensalão apurado no STF", escreveu a magistrada.



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