FHC pede novo rumo: um choque liberal no País

Portal Plantão Brasil
5/1/2014 08:16

FHC pede novo rumo: um choque liberal no País

Além de criticar o modelo de concessões do governo, FHC pede que a Petrobrás tenha menos participação no pré-sal. A ideia é vender o Brasil

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2073 visitas - Fonte: Brasil 247

Cotado para ser vice de Aécio Neves numa chapa puro-sangue do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é, na prática, o grande articulador do eventual plano de governo do senador mineiro; em artigo publicado neste domingo, ele prega mudanças importantes em várias áreas; defende maior aproximação com os Estados Unidos, uma participação menor da Petrobras nos leilões do pré-sal, o fim das desonerações tributárias, maior abertura comercial e ênfase na privatização; ou seja: é a retomada da agenda dos anos 90



O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cotado para ser vice de Aécio Neves numa chapa puro-sangue em 2014, não poderá ser acusado de falta de coerência. Em artigo publicado neste domingo ("Mudar o rumo"), nos jornais O Globo e Estado de S. Paulo, FHC, que traça a linha de ação do PSDB e será, na prática, um dos formuladores do plano de governo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pede um novo rumo ao País, que pode ser traduzido na retomada da agenda liberal dos anos 90.



Na visão do ex-presidente, o Brasil teria retrocedido em várias frentes, durante os governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Ele pede mudanças profundas, a começar pela política externa. "É óbvio que a política externa brasileira precisará mudar de foco, abrindo-se ao Pacífico, estreitar relações com os Estados Unidos e a Europa, não temer a concorrência e ajudar o país a se preparar para ela", afirma. Embora não fale em retomada da Área de Livre Comércio das Américas, FHC, claramente, condena o fato de o Brasil ter priorizado o Mercosul em sua política externa. "Não devemos ficar isolados em nossa região, hesitantes quanto ao bolivarianismo, abraçados às irracionalidades da política argentinta", diz ele.



FHC também prega um papel menor para a Petrobras nos leilões do pré-sal. "A imposição de que a Petrobras seja operadora única e responda por pelo menos 30% da participação acionária em cada consórcio (...), afugenta número maior de interessados nos leilões do pré-sal, reduz o potencial de investimento em sua exploração e diminui os recursos que o Estado poderia obter com decantado regime de partilha. É ruim para a Petrobras e péssimo para o país."



Naturalmente, o ex-presidente também faz um elogio da privatização e diz que "o governo faz contorcionismo verbal para negar que concessões sejam modalidades de privatização", o que, segundo ele, seria "patético". Ele afirma ainda que a inflação só não saiu da meta, porque diversos preços estariam sendo controlados artificialmente pelo governo.



"É preciso redesenhar a rota do país. Dois terços dos entrevistados em recentes pesquisas eleitorais dizem desejar mudanças no governo. Há um grito parado no ar, um sentimento difuso, mas que está presente. Cabe às oposições expressá-lo e dar-lhe consequências políticas. É a esperança que tenho para 2014 e são meus votos para que o ano seja bom", diz FHC.



Na prática, o ex-presidente prega um novo choque liberal no País. Será que é isso o que os brasileiros estarão buscando em outubro de 2014?



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