Presidente do PPS diz que apoio a Alckmin não ameaça aliança com Campos e critica “imposições” de Marina Silva

Portal Plantão Brasil
16/1/2014 17:36

Presidente do PPS diz que apoio a Alckmin não ameaça aliança com Campos e critica “imposições” de Marina Silva

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Eduardo Campos (PSB) e o presidente nacional do PPS, Roberto Freire: aliança continua (Foto: Matheus Britto/Futura Pres)





POR RODRIGO RODRIGUES

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, disse nesta quarta-feira (15) que a aliança do partido dele com o PSB do presidenciável Eduardo Campos não está ameaçada em virtude da possibilidade do governador pernambucano deixar de apoiar Geraldo Alckmin para o Governo de São Paulo, em outubro.

“A aliança em São Paulo é importante, mas não é decisiva para a estratégia nacional. O apoio a Campos é uma questão cristalizada. É cedo ainda para discutir palanques nos Estados. O que o PPS quer é que todas as alianças estaduais sejam discutidas entre todos os aliados, sem imposições de qualquer uma das partes e visando apenas a candidatura presidencial”, afirmou Freire.

A declaração é uma tentativa de acalmar os ânimos que se abateram sobre a aliança PSB, Rede e PPS, após o presidente estadual do PPS em São Paulo, David Zaia, declarar ao jornal “O Globo” que o apoio a Campos pode ser revisto caso o pernambucano desista de apoiar Alckmin.



Segundo Roberto Freire, a declaração de Zaia é “estritamente pessoal” e não ameaça o acordo com Eduardo Campos: “Cada membro do partido tem direito de ter a sua opinião. Mas essa não é uma tese que não prevalece no partido e não conta com o apoio da maioria. Não vejo a declaração do Zaia como uma ameaça a Campos, mas apenas uma tentativa de evitar precipitações e afobamento na discussão de alianças estaduais”, declara.

A confusão entre o PPS paulista e o PSB tem se dado em virtude de pressões que filiados da Rede de Marina Silva tem exercido sobre o partido de Campos para evitar o apoio a Geraldo Alckmin. Os “marineiros” defendem no PSB o lançamento de candidatura própria. Já o presidente estadual da sigla, deputado Márcio França, apoia abertamente a continuidade da aliança com os tucanos em São Paulo.

De acordo com informações que circulam nos bastidores, Marina Silva e seus fiéis seguidores da Rede impuseram a candidatura própria em São Paulo para que a ex-petista possa ser vice de Campos. O raciocínio dos “marineiros” é que o apoio a Alckmin destrói o discurso da “nova política” apregoado por Marina e condição básica para a união que aconteceu com Eduardo Campos.

Roberto Freire discorda da tese e diz que, pessoalmente, acha a manutenção do acordo entre PSB e Alckmin a melhor opção para Campos.



"Geraldo Alckmin tem um enorme contingente de votos no Estado que o maior do Brasil. Apostar numa candidatura inexpressiva é opção arriscada e pode ser decisiva entre Eduardo ir ou não para o segundo turno”, avalia.

O presidente nacional do PPS, diz, entretanto, que o xadrez eleitoral não pode ser jogado apenas considerando um Estado.

Em referência indireta às pressões de Marina Silva e seus seguidores da Rede, entretanto, Freire defende cautela nas pressões para formação de palanques.

“Numa aliança nacional é preciso buscar consenso, sem afobamento e precipitações. Fazer exigências e ameaças, sem ouvir os demais aliados, joga contra a estratégia nacional”, adverte o deputado federal.



O PPS é o único partido até agora que declarou apoio a Eduardo Campos a presidente da República em outubro próximo.



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