Cantareira cai a 16,9% e atinge nova marca negativa histórica

Portal Plantão Brasil
25/2/2014 14:00

Cantareira cai a 16,9% e atinge nova marca negativa histórica

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908 visitas - Fonte: Uol Notícias

O volume de água do Sistema Cantareira continua caindo. Nesta terça-feira (25), o nível dos reservatórios chegou a 16,9% de sua capacidade total, o mais baixo da história. Ontem, o índice registrado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) era de 17,1%.



A chuva registrada na região dos reservatórios foi de 6,2 mm, ontem, e de 60,7 mm no acumulado em fevereiro. A média histórica para o mês é de 202,6 mm.



Diante da atual crise hídrica, a Sabesp trabalha num planejamento emergencial para exploração do volume morto (abaixo dos níveis mínimos operacionais) do Sistema Cantareira.



O uso da reserva adicional de cerca de 400 milhões de metros cúbicos exigirá da companhia a compra de novas bombas e a construção de uma infraestrutura capaz de alcançar a água do fundo dos reservatórios.



Na avaliação de especialistas do setor, os custos da operação devem extrapolar o plano inicial de investimentos da concessionária para o ano, mas compensam os gastos com um eventual racionamento de água na Grande São Paulo.



Por meio de sua assessoria de imprensa, a Sabesp informou que ainda estuda quais as melhores alternativas para a captação da reserva adicional.



No último final de semana, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, adiantou que duas análises iniciais estão sendo consideradas.



Segundo ele, a primeira alternativa permitiria a exploração de cerca de 150 milhões de metros, com a construção de ensecadeiras (espécie de barragens provisórias) e de novos canais. Outros 150 milhões de metros, segundo Alckmin, poderiam ser captados com o uso de bombeamento. "Estamos avaliando, em termos de engenharia, o tipo de bomba. Isso está sendo estudado pela Sabesp", comentou.



Quanto precisa chover?

Segundo levantamento feito por especialistas na semana passada, o Sistema da Cantareira precisa de 66% da chuva que ele recebe em um ano para que o reservatório se recupere. A quantidade foi calculada em um estudo técnico do Consórcio Intermunicipal PCJ, das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.



O engenheiro civil José Cézar Saad, um dos responsáveis pelo estudo, afirma que para enfrentar o período de estiagem, que começa entre abril e maio e vai até setembro, é necessário atingir 50% do volume dos reservatórios da Cantareira. Para completar a quantidade que falta, o Sistema precisaria receber, em um dois meses, 1.060 mm de chuva. A média de chuva da região é de 1.600 mm por ano.



Por dia, precisaria chover 17,5 mm. Isso, segundo Saad, seria um volume de água problemático, capaz de provocar alagamentos, se concentrado em cinco ou dez minutos, mas não causaria danos se fosse acumulado em três ou quatro horas.



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