Na “liberdade” americana, o “strip tease” eletrônico bancado pelo Governo

Portal Plantão Brasil
3/3/2014 13:03

Na “liberdade” americana, o “strip tease” eletrônico bancado pelo Governo

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2154 visitas - Fonte: Tijolaço

Sabe aquele quadro de péssimo gosto do humorístico (?) “Zorra Total”, da Globo, onde dois sujeitos fazem uma mulher ficar só com a roupas íntimas no detetor de metais de aeroporto??

Vejam se parece com isso:



“Ao passar pela cabine que faz a revista com raios x nos aeroportos(…), o passageiro tira os sapatos e o cinto, esvazia os bolsos e levanta os braços. Enquanto tentam descobrir se há algum metal, líquido ou explosivo no corpo (e na bagagem de mão) do cidadão, funcionários da Agência de Segurança dos Transportes (TSA, na sigla em inglês) fazem comentários debochados sobre o corpo das pessoas, chamam os colegas para analisar uma passageira “gostosa”; e dão uma “canseira”; se o passageiro “parecer do Oriente Médio.”



Pois é isso que um ex-funcionário da TSA diz, hoje, na Folha, revelando como os esquemas de segurança dos aeroportos americanos se tornou alimento para o abusos e taras – como, aliás, acontece com todo esquema de segurança que vai além do razoável e onde todos são “suspeitos ” - de alguns sujeitos, curiosamente da mesma forma que os da NSA, como revelou o The Guardian esta semana, se deleitavam com as imagens íntimas de milhões de usuários das webcam do Yahoo capturadas na sua arapongagem.

“Quando uma passageira atraente se aproxima, ela é chamada de “alerta vermelho”; ou “alerta amarelo”; (de acordo com a roupa que estiver usando). Mas o grito mais usado para se chamar os colegas para “olhar” a revista eletrônica feminina é “raio-x! Raio-x! Raio-x!”, narra Jason Harrington, que montou um blog e, com isso, conseguiu chamar a atenção da mídia – tão desatenta, não é? – sobre as monstruosidades a que são submetidos cidadãos, americanos e estrangeiros em nome da neurose antiterror.

Harrington diz que os brasileiros, particularmente, ficavam muito nervosos diante do aparato e dos métodos da TSA. Ainda bem, porque nós ainda sabemos que, por sermos latinos e nem sempre “bem branquinhos”, estamos sujeitos a mais rigor e menos respeito.



E não é possível que o trauma do 11 de setembro justifique tudo, tanto que, depois de Harrington ter ido parar no NY Times e do Washington Post começaram a trocar as máquinas por outras, de igual poder de detecção mas que só mostra os contornos e não detalhes do corpo. É óbvio que os chefes da TSA – como os da NSA – sabiam que seu trabalho estava se prestando a abusadores. E aceitaram isso como “ossos (e carnes) do ofício”.



Apesar de repugnante, os abusos cometidos pelos fiscais de aeroporto não surpreende. Afinal, seu governo e seu presidente tornaram a violação de privacidade, o abuso, a ilegalidade uma regra “justificável” em todo o mundo. Se é correto espiar os e-mails e ouvir os telefonemas de chefes de Estado pelo mundo afora, como é que irão pensar que uma simples olhadela nas formas de uma mulher que passe em seus scanners possa a ser condenável?



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