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Veterano do semanário satírico francês Charlie Hebdo, Henri Roussel acusou o editor-chefe da publicação, Stéphane Charbonnier - conhecido como "Charb" - de ter "arrastado a equipe até a morte".
Segundo ele, sua insistência em publicar charges provocativas sobre o profeta Maomé causou a tragédia. Charb e mais 11 pessoas morreram em um atentado ocorrido em Paris.
Roussel contribuiu para a edição do primeiro número da Charlie Hebdo, em 1970. Em uma carta endereçada ao editor morto, publicada na revista “Nouvel Obs” sob o pseudônimo de Delfeil de Ton, se refere a Charb como “um sujeito incrível”, mas critica sua teimosia.
"Acredito que somos tolos que correram um risco desnecessário. Achamos que somos invulneráveis. Durante anos, até décadas, foi uma provocação e, um dia, a provocação se voltaria contra nós", diz Roussel.
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