QUASE 'MINISTRO DE AÉCIO' É SÓ ELOGIOS A LEVY

Portal Plantão Brasil
25/1/2015 19:11

QUASE 'MINISTRO DE AÉCIO' É SÓ ELOGIOS A LEVY

0 0 0 0

1151 visitas - Fonte: 247 plantaobrasil







O ex-presidente do Banco Central no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e quase ministro da Economia do senador e ex-presidenciável Aécio neves (ambos do PSDB), Armínio Fraga, ressurgiu do limbo para criticar o governo da presidente Dilma Rousseff. Para Fraga, a única coisa boa na reforma ministerial feita pela presidente foi a indicação de Joaquim Levy para administrar a economia, pois "o Levy é uma ilha de competência em um mar de mediocridade". Ele também diz que o ciclo de crescimento econômico a partir do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve caráter populista.



A afirmação foi feita em uma entrevista à jornalista Eliane Catanhêde, do jornal O Estado de São Paulo, na qual Fraga declara estar se "desintoxicando" do "baixo nível do debate" eleitoral. O economista diz que o país está vivendo "vivendo uma enorme crise de valores e isso é gravíssimo. Nós temos exemplo para todo lado, é mensalão, é petrolão, mentiras na campanha, como se tudo isso fosse muito natural. Não é", disse.



Fraga tece, ainda, previsões catastróficas sobre os rumos da economia e diz que os efeitos da queda da atividade econômica ao longo do primeiro mandato da presidente Dilma ainda não foram sentidos e, quando isso acontecer, as camadas sociais mais pobres serão as que mais sofrerão.



"As implicações de uma desaceleração drástica do crescimento, como ocorreu no primeiro mandato dela, ainda não se fizeram sentir. Estão a caminho. E quem vai sentir mais são os mais pobres. São sempre eles, sempre, sempre, sempre" afirmou.



Confira abaixo os principais trechos ou veja aqui a íntegra da entrevista de Armínio Fraga.



Depois de virar o vilão da história durante a campanha, como o sr. se sente agora?



Estou me desintoxicando da campanha. Eu não sou vilão e me irritava o baixo nível do debate e aquela verdadeira produção de mentiras e de cenas, tudo muito teatral. Eu dizia uma coisa, eles deturpavam ou tiravam do contexto. Dizia outra, eles deturpavam de novo. Então, foi tudo muito frustrante. E eu não sou desse mundo.



O que o sr. conclui com a experiência?

Estamos vivendo uma enorme crise de valores e isso é gravíssimo. Nós temos exemplo para todo lado, é mensalão, é petrolão, mentiras na campanha, como se tudo isso fosse muito natural. Não é.



E a economia?

Há um ciclo, desde que o presidente Lula mudou de linha na área econômica no segundo mandato, com características populistas que incluem esse tipo de discurso distorcido e muito difícil de se contradizer. Muita gente acredita que um regime populista não se derrota; ele mesmo quebra, se destrói. Então, o que o Aécio tentou na campanha, e nós todos junto com ele, foi derrotar um regime populista que tem tentáculos enormes que atingem um número imenso de pessoas.



Baixo crescimento, inflação alta, juros altos, nada disso foi capaz de derrotar Dilma. Por quê?

No que se refere ao ciclo econômico, as coisas às vezes demoram a acontecer. As implicações de uma desaceleração drástica do crescimento, como ocorreu no primeiro mandato dela, ainda não se fizeram sentir. Estão a caminho. E quem vai sentir mais são os mais pobres. São sempre eles, sempre, sempre, sempre.



O Levy não está indo bem?

O Levy largou bem, mas é uma ilha de competência num mar de mediocridade no governo Dilma, com honrosas exceções, como os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Kátia Abreu (Agricultura) e Alexandre Tombini (Banco Central). Sozinho, o Levy vai até um ponto. Pode evitar ou postergar um rebaixamento do crédito do País e até acalmar um pouco as expectativas, mas o lado qualitativo que nós imaginávamos vai continuar muito prejudicado. O Brasil tem uma renda per capita que é menos de 20% da americana. Então, há um espaço enorme para crescer. O Brasil deveria crescer e pode crescer, e rápido, mas tem de arrumar as coisas de uma maneira muito ampla.



Recessão este ano?

É, recessão. Na verdade, já tem recessão. O País cresceu menos de 1% no ano passado, deveria estar crescendo 4%. Vai dizer que não é recessão? Na China, quando cai de 8% para 7%, é recessão.



E os empregos?



É isso. Infelizmente, o desemprego vai aumentar. Primeiro, vem a insegurança, depois vem a falta de criação de postos de trabalho, e enfim vem demissão mesmo. Tudo dentro do quadro de recessão.















APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!

Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.



O Plantão Brasil é um site independente. Se você quer ajudar na luta contra o golpismo e por um Brasil melhor, compartilhe com seus amigos e em grupos de Facebook e WhatsApp. Quanto mais gente tiver acesso às informações, menos poder terá a manipulação da mídia golpista.


Últimas notícias

Notícias do Flamengo Notícias do Corinthians