Com medo do Impeachment, Temer gasta mais de R$ 50 mil em almoço com FHC, Aécio e cúpula do PSDB

Portal Plantão Brasil
25/11/2016 17:27

Com medo do Impeachment, Temer gasta mais de R$ 50 mil em almoço com FHC, Aécio e cúpula do PSDB

Após almoço, Aécio e FHC saíram em defesa de Temer

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O presidente da República, Michel Temer, recebeu para almoço nesta sexta-feira (25) a cúpula do PSDB no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência.



A lista de convidados foi elaborada pelo senador e presidente nacional do partido, Aécio Neves, e incluiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, governadores, ministros e prefeitos de capitais da sigla.

O encontro se deu depois do pedido de demissão do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), acusado de ter pressionado o ex-titular da Cultura Marcelo Calero para liberar a obra de um edifício no centro histórico de Salvador na qual Geddel tem um apartamento. Calero gravou conversas sobre o assunto com o presidente Michel Temer, que o teria "enquadrado" a fim de encontrasse "uma saída" para o pedido de Geddel.



Segundo o Palácio do Planalto, além de Aécio e FHC, compareceram ao almoço mais de 20 convidados, entre os quais os ministros José Serra (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades) e Alexandre de Moraes (Justiça); os governadores Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO), Pedro Taques (MT), Simão Jatene (PA); prefeitos eleitos, senadores e deputados do PSDB.



Nesta sexta, o partido promoveu o Encontro Nacional de Prefeitos Eleitos, em um auditório da Câmara dos Deputados. O PSDB elegeu neste ano 803 prefeitos, dos quais sete em capitais e 21 em cidades com mais de 200 mil eleitores.





Aécio Neves



O presidente do PSDB, senador Aécio Neves criticou o fato de Calero ter gravado a conversa com Michel Temer. Para o tucano, o ato é “extremamente grave”.



“Há algo extremamente grave que também precisa ser investigado”, afirmou Aécio. “Não acho adequado, não acho compreensível que um ministro de estado entre com um gravador para gravar uma conversa com o presidente da república. Não me parece algo ético”, completou.



Sobre a demissão de Geddel, o senador afirmou que a decisão contribui para o governo. “É uma decisão que permite que aquilo que é essencial tenha prioridade. O que é essencial é que o Brasil faça as reformas, volte a crescer”, afirmou, ao defender que é preciso sair “dessa agenda lateral".



Alexandre de Moraes



Para o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, “basta ler o depoimento” do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal para se entender que a conversa com Temer foi “absolutamente normal”.



“Basta ler o depoimento que está em todas as redes sociais e internet que o presidente simplesmente indicou ao ministro Calero que, se achasse o caso, consultasse a AGU [Advocacia Geral da União]. Tanto que o próprio ministro não consultou a AGU. Achou por bem não consultar e ele mesmo decidir. Esse é o papel constitucional da AGU quando consultada por ministros. Nem houve a consulta, o que demonstra que foi uma conversa absolutamente normal”, afirmou Moraes após participar do evento com prefeitos do PSDB.



O ministro da Justiça comentou ainda os procedimentos adotados pela Polícia Federal ao encaminhar o depoimento de Calero à Procuradoria Geral da República, a quem cabe investigar pessoas com foro privilegiado, como ministros.



“A PF tomou todas as medidas que a legislação determina. Foi procurada pelo Calero, que prestou depoimento. Como indicava uma pessoa com prerrogativa de foro, a PF, logo após terminar o depoimento, imediatamente o encaminhou ao STF e o STF abriu vistas já à PGR para que o procurador-geral da República analise se vai ou não insistir nesse pedido de abertura de inquérito”, disse Moraes.



Sobre a gravação feita por Calero da conversa que teve com Temer no Palácio do Planalto, Moraes ponderou que o caso segue sob segredo de Justiça e disse que “os boatos” sobre isso serão apurados.



“O inquérito, na verdade, não há inquérito, o pedido de providência está em sigilo ainda. Os boatos sobre se há ou não gravação vão ser apurados, para verificar em que condições foram feitas, se é que realmente foram feitas”, afirmou.



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