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O patriarca da Odebrecht, Emílio Odebrecht, vai ficar mais de um ano em liberdade antes de começar a cumprir a pena de quatro anos imposta pela Lava Jato, em regime domiciliar. Nos dois primeiros anos, ele terá de retornar à sua residência todas as noites após o trabalho. Nos dois últimos, será obrigado a permanecer em casa aos finais de semana.
Segundo reportagem da Folha, Emílio não cumprirá a sentença de imediato porque foi liberado pela Lava Jato para fazer uma transição de cargos dentro da empresa - os funcionários que fizeram acordo de delação não devem retornar aos seus antigos postos - além de garantir a criação de uma política interna anticorrupção.
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Emílio Odebrecht foi agraciado com a flexibilidade de sua sanção porque é um dos principais delatores de Lula no esquema investigado pela Lava Jato.
Os procuradores devem alegar, segundo informações que foram vazadas recentemente, que Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, tratava de pagamentos indevidos com ministros como Antonio Palocci e Guido Mantega, porque não se dava bem com Lula.
Seriam Emílio Odebrecht e Alexandrino Alencar, dirigente da área Internacional da empreiteira, as figuras mais próximas de Lula.
Em outras reportagens, a Folha afirmou que em sua delação, Emílio Odebrecht diz que construiu o estádio do Corinthians como uma "espécie de presente" para Lula.
Alexandrino de Alencar, por sua vez, teria admitido que a empresa fez melhorias no sítio de Atibaia e contratou a empresa de um "sobrinho" do ex-presidente. Mas ele teria negado que Lula solicitou essas ações ou que tenha ganhado propina da Odebrecht.
Ainda de acordo com a reportagem, Marcelo Odebrecht, que deverá ser o algoz de Mantega e Palocci, deverá ficar preso em regime fechado até o final de 2017. Depois, cumprirá mais cinco meses em regime semiaberto e aberto.
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