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Só que o SGDC-1, que sequer entrou em operação, será vendido no mercado para as grandes operadoras multinacionais de telecomunicações, sem absolutamente nenhum compromisso de prestação de serviços para a sociedade brasileira, desconsiderando o arcabouço normativo que legalizou sua aquisição, operação e utilização.
O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação Estratégica (SGDC-1) está preparado para ser colocado em órbita espacial, do Centro Espacial de Kouru, na Guiana Francesa. É o primeiro satélite brasileiro depois da privatização do sistema Telebrás.
Só que o SGDC-1, que sequer entrou em operação, será vendido no mercado para as grandes operadoras multinacionais de telecomunicações, sem absolutamente nenhum compromisso de prestação de serviços para a sociedade brasileira, desconsiderando o arcabouço normativo que legalizou sua aquisição, operação e utilização.
O que era pra ser um momento de glória do povo brasileiro e de fortalecimento da soberania nacional, pois estamos caminhando para adquirir a independência nas comunicações via satélite, no dia 23/02/2017 os dirigentes da Telebrás apresentaram repentina proposta de comercialização do Satélite–SGDC, optando por dividir a capacidade satelital em 4 lotes e alienar 3 deles, isto é, mais de 80% da capacidade, mediante oferta pública.
O Satélite–SGDC pesa 5,8 toneladas e 5 metros de altura, um dos maiores do mundo, ficará em órbita geoestacionária, a 35.786 Km de distância da Terra (nível do mar). Cobrirá todo território brasileiro, países fronteiriços ao Brasil e parte do Oceano Atlântico. Terá dois Centros de Controle e Operação, sendo um em Brasília (DF) e outro no Rio de Janeiro (RJ).
Este investimento do Estado Brasileiro que vai trazer mais segurança para as comunicações estratégicas do governo, bem como para as comunicações do setor civil e militar, pois seu controle e operação será feito no Brasil, por brasileiros, resultado da parceria entre a Telebrás e o Ministério da Defesa. Os atuais satélites utilizados pelo país são de propriedade e controle de multinacionais. Sua operação é feita por estações terrenas localizadas fora do território nacional.
Idealizado no governo do presidente Lula, foi uma decisão estratégica e necessária, considerando a necessidade inadiável de o Brasil voltar a ter seu próprio sistema de comunicação satelital, atendendo assim, aos ditames constitucionais que versam sobre a Segurança Nacional e a Independência e Sigilo das Comunicações civis e militares.
Ao valor de R$ 2,1 bilhões, esse satélite foi projetado para atender, em caráter prioritário, as seguintes demandas:
• As necessidades de universalização de banda larga em todo Território Nacional, principalmente aos 2325 municípios localizados, na quase sua quase totalidade, nas regiões Norte- Nordeste, que hoje se encontram em estado de “apagão digital”, gerador dos “excluídos digitais”.
• Atendimento a pequenos provedores de acesso à internet com backhaul.
• Infraestrutura para provimento de serviços de dados ao governo.
• Serviço de comunicação e transmissão de dados das Forças Armadas brasileiras.
Dentre estes serviços, também o atendimento direto às residências, aos usuários excluídos, num modelo de negócios ao usuário final, com preços compatíveis à realidade econômica da população.
Veja texto completo do especialista em Telecomunicações & Infraestrutura de TIC, Carlos des Essarts Hetzel, aqui: http://bit.ly/2nAGw6v
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