Moro ignora vídeo de propina sendo negociada e paga e diz que não tem prova contra tucano que recebeu R$ 10 milhões

Portal Plantão Brasil
18/4/2017 08:34

Moro ignora vídeo de propina sendo negociada e paga e diz que não tem prova contra tucano que recebeu R$ 10 milhões

Vídeo no fim do texto. Hoje (18) Moro disse não haver provas

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No despacho assinado nesta terça (18), em que acolhe a denúncia do Ministério Público Federal contra ex-empresários do grupo Queiroz Galvão que discutiram propina de R$ 10 milhões a Sergio Guerra (PSDB) para barrar a CPI da Petrobras de 2009, o juiz Sergio Moro fez questão de reciclar um trecho em que diz que a força-tarefa não encontrou “provas” de que tucanos se beneficiaram desses recursos ilícitos.







“Apesar das afirmações feitas pelo então senador Sergio Guerra na reunião a Paulo Roberto Costa e a Fernando Antônio Falcão Soares [mais conhecido como Fernando Baiano, operador do PMDB no esquema da Petrobras] de que o dinheiro iria para o PSDB, não há, até o momento, prova de fato que houve essa destinação ou de que outros parlamentares do partido receberam o numerário ou participaram do crime”, disse Moro.



Esse parágrafo, que já havia sido usado na justificativa da prisão de um dos executivos, termina com o juiz “lavando as mãos” em relação aos tucanos que eventualmente tiraram proveito da propina delatada: “De todo modo, essa é uma questão que não se encontra submetida a este Juízo.”



Moro transformou em réu por corrupção ativa Ildefonso Colares Filho, ex-diretor da Queiroz Galvão, e também Erton Medeiros, empresário ligado à Galvão Engenharia. Segundo o MPF, eles ofereceram R$ 10 milhões em propina, em 21 de outubro de 2009, ao então presidente do PSDB e senador Sérgio Guerra, falecido em 2014.







Embora a Lava Jato não tenha avançado sobre quem, além de Sérgio Guerra, teria se beneficiado dessa propina de R$ 10 milhões que foram desviados de contratos da Petrobras com as empreiteiras que atuaram na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, há duas delações que apontam que o senador falecido não teria pensado apenas em enriquecimento pessoal.



A delação de Paulo Roberto Costa, que inclusive Moro usa em seus despachos, diz que a movimentação de Guerra para conseguir os recursos ilícitos era de conhecimento de outros membros da CPI.



Na mesma delação, Paulo Roberto Costa deixa claro as intenções do deputado do PP, Eduardo da Fonte, em ajudar Sergio Guerra a articular a obstrução da CPI.







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