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Por Fernando Brito, do Tijolaço
Está cheia de mentiras, é claro, não fosse pelo seu autor, a entrevista de Eduardo Cunha à Época.
A defesa que faz de Michel temer é absolutamente contraditória com as perguntas que fez – em parte vetada por Sérgio Moro, a Michel Temer, quando o arrolou como testemunha de “sua honestidade“.
Mas há uma verdade inequívoca na entrevista.
O mundo das delações premiadas é uma imundície.
Na revista, Cunha “denuncia um mercado clandestino de delações”.
Nele, os delatores dizem o que se quer que seja dito.
Cunha afirma claramente que ele era o “troféu compensatório” para a perseguição a Lula.
Afinal, prendendo-se Cunha, depois do impeachment, mostrava- se que a Lava Jato era imparcial.
As delações da Lava Jato, para ele, são “uma operação política, não jurídica. Eles tiram as conclusões deles e obrigam a gente a confirmar. Os caras não aceitam quando você diz a verdade”.
Na parte que pude ler da entrevista, Cunha não avança nas provas e fatos que diz a testemunhar – e, provavelmente, tem – dos negócios e cúmplices que teve.
Leia também: Lula é troféu político para Moro
Sentiu que o sistema se agarra a Temer e ele agarra-se também.
Acena para Raquel Dodge como instrumento para “detonar” Rodrigo Janot.
Antes disso, porém, a menos que Michel Temer possa impedir, vai ser estrela na CPMI da JBS.
Vamos nos alimentando, assim, da safra dos escroques.
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