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O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirmou que a sessão do Senado que vai analisar se reverte o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato deve ser aberta, mas deixou clara a possibilidade de que seja fechada.
"Chances perto de zero [de ser secreta]. Temos o precedente recente do caso Delcídio", disse à Folha o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), lembrando que a votação foi aberta no caso da prisão do ex-senador Delcídio do Amaral (MS). No entanto, o PSDB e o PMDB fazem um conchavo para que a votação seja fechada.
Aécio está proibido de exercer atividades legislativas desde o dia 27 de setembro, quando a Primeira Turma da corte determinou seu afastamento e impôs a ele recolhimento noturno.
Os votos contrários a Aécio podem vir mesmo de senadores da base de apoio do governo de Michel Temer, normalmente alinhados a ele. Alguns nomes do PSDB e do PMDB já se mostraram incomodados com as acusações contra o tucano, gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, a quem pediu R$ 2 milhões.
A senadora Ana Amélia (PP-RS), aliada de Aécio nas eleições de 2014, também se manifestou contra o tucano. "Espero que essa votação seja com voto aberto, de forma transparente! Votarei para manter a decisão do STF, pelo afastamento do senador!".
Já o senador Romero Jucá lidera o grupo que tenta fazer com que a votação seja secreta. A ideia é não expor senadores que votarem pela salvação de Aécio e a justificativa seria de votação secreta para que os senadores não sejam pressionados pela opinião pública.
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