Juíza acusada de trabalhar para o PCC proíbe show de Caetano Veloso no acampamento do MTST

Portal Plantão Brasil
30/10/2017 23:23

Juíza acusada de trabalhar para o PCC proíbe show de Caetano Veloso no acampamento do MTST

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Por Kiko Nogueira, do DCM







A juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo do Campo, atendeu ao pedido do Ministério Público para impedir a realização de um show de Caetano Veloso na ocupação do MTSTS no Bairro Planalto.



A apresentação estava marcada para as 19h desta segunda, dia 30.



Ela estabeleceu uma multa de R$ 500 mil se o evento ocorrer. “Fica deferida ordem policial, caso necessário”, escreveu em sua decisão.



A juíza afirma, num despacho com algo de deboche, que o “brilhantismo” do cantor “atrairá muitas pessoas para o local, o que certamente colocaria em risco estas mesmas, porque, como ressaltado, não há estrutura para shows, ainda mais, de artista tão querido pelo público, por interpretar canções lindíssimas, com voz inigualável”.



Ida Inês foi afastada em 2007, acusada de favorecer o PCC. A Folha deu matéria sobre o assunto:



Suspeita de favorecer pessoas apontadas como integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), a juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara de Mauá (ABC), foi afastada do cargo ontem. Trata-se da primeira medida contra uma autoridade do Judiciário paulista por possível ligação com o grupo criminoso.



O afastamento foi determinado porque a juíza foi flagrada em conversas telefônicas com Sidnei Garcia, vice-presidente da Associação Comercial da cidade e acusado de compor um grupo de 18 pessoas que usariam, segundo o Ministério Público, 22 postos de combustível para lavar dinheiro para o PCC.



Conforme a Folha informou dia 11, o empresário Douglas Martins do Prado, 38, fez, em dezembro de 2006, uma série de denúncias à Corregedoria Geral de Justiça de São Paulo sobre a conduta da magistrada e de Maria Eugênia Pires, também juíza do fórum de Mauá.







Durante seis meses, Prado não foi interrogado pela Corregedoria. Ele, que pediu o afastamento da juíza “por conduta em desacordo com o cargo”, foi terça-feira ao TJ e insistiu para ser ouvido.



Dois dias depois, a saída de Ida Inês foi anunciada. Na sessão, com decisão unânime, desembargadores do órgão especial se disseram “preocupados com a atuação do PCC”.



O TJ também anunciou, na mesma notificação publicada no “Diário Oficial”, o desmembramento do processo das duas juízas. No caso de Ida Inês, que ficará fora das funções até o fim das investigações, foi decretado segredo de Justiça.



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