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Michel Temer decidiu usar o episódio da suspensão da posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho para confrontar o Judiciário e tentar blindar a reforma do primeiro escalão do governo, que pretende fazer em março.
Temer foi aconselhado por auxiliares a recorrer ao plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) e alegar que são "inconstitucionais" as decisões da Justiça que suspenderam a posse da filha de Roberto Jefferson.
A preocupação no Palácio do Planalto é que os 13 novos nomes que Temer precisará escolher para sua equipe até abril —prazo limite para os ministros que disputarão eleições deixarem seus cargos— também sejam impedidos de tomar posse por decisões de juízes de primeiro grau.
O Planalto decidiu provocar o STF sobre o tema depois que a presidente da corte, Cármen Lúcia, suspendeu temporariamente a nomeação da deputada.
Na madrugada desta segunda-feira (22), a chefe do Supremo deu prazo de 48 horas para ter acesso ao "inteiro teor da decisão do Superior Tribunal de Justiça"."Se for o caso", diz o despacho, "e com todas as informações, a liminar poderá ser reexaminada".
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