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O encontro do embaixador Celso Amorim com o Papa Francisco coloca num outro patamar o episódio Lula. Digo embaixador e não ex-embaixador porque ele atuou como embaixador competente e brilhante que sempre foi no governo Lula.
O papa é o homem mais poderoso do mundo. Tem mais poder, sem arsenal nuclear, que Donald Trump, Putin e Xi juntos.
Amorim teve a oportunidade de relatar pessoalmente ao Papa a situação do ex-presidente e para reforçar entregou-lhe um exemplar do livro "A Verdade Vencerá", com seu depoimento imediatamente anterior à prisão.
O Sumo Pontífice recebeu o embaixador por vinte minutos, tempo suficiente para se inteirar acerca do que acontece atualmente no Brasil.
Ninguém espera que o Papa abra uma de suas prédicas dominicais na Praça de São Pedro gritando Lula livre, mas é possível que ele acione bispos brasileiros com a recomendação de que acompanhem com carinho o caso.
Com seu gesto o Papa também manda uma mensagem de tolerância aos católicos do Brasil, o maior país católico do mundo. Sérgio Moro e a maioria dos ministros do STF e do STJ o são. O apoio humanitário do Papa vai fazer muito bem ao ex-presidente. Agora ninguém pode mais dizer que é "fake news".
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