11/2/2024 11:42

Casa Branca condena postura de Trump sobre OTAN como "terrível e desequilibrada"

943 visitas - Fonte: PlantãoBrasil/X

A recente declaração de Donald Trump, sugerindo que os Estados Unidos poderiam não cumprir seu papel protetor sob o tratado da OTAN para países que não estão em dia com suas contribuições, provocou uma forte reação da Casa Branca. Trump, em um comício na Carolina do Sul, insinuou que incentivaria a Rússia a agir livremente caso os países da OTAN não pagassem suas quotas. Esta postura foi criticada pela administração atual como "terrível e desequilibrada", apontando para os riscos que tal abordagem representa para a segurança nacional americana, a estabilidade global e a economia dos EUA.

Durante seu mandato, Trump foi notório por suas críticas à OTAN, questionando o valor da aliança e ameaçando retirar os EUA, além de lamentar o que ele via como uma contribuição financeira desproporcional dos Estados Unidos à organização. Em contraste, o presidente Joe Biden tem trabalhado para reforçar as alianças dos EUA, promovendo uma OTAN fortalecida como essencial para a segurança coletiva e os interesses americanos.

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, apesar das preocupações com a possível volta de Trump à presidência, expressou confiança de que a adesão dos EUA à OTAN permanecerá firme, elogiando o aumento das contribuições militares por parte dos aliados europeus. Stoltenberg destacou o compromisso contínuo dos membros da OTAN com a defesa mútua, refletido no apoio substancial a Kiev desde o início do conflito na Ucrânia.

Trump, por sua vez, persiste em suas críticas à aliança, questionando a reciprocidade de apoio em caso de um ataque aos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que apela para uma desescalada na guerra da Ucrânia, apesar de não apresentar propostas políticas concretas. A ajuda americana a Kiev desde o início da guerra totalizou cerca de 75 bilhões de dólares, com os membros da OTAN e países parceiros contribuindo com mais de 100 bilhões de dólares, demonstrando o compromisso da aliança com a estabilidade global.

Esta divergência de visões entre Trump e a atual administração destaca as tensões internas nos Estados Unidos em relação à política externa e o papel do país no cenário mundial. A posição de Biden de fortalecer as alianças internacionais e promover a liderança americana contrasta fortemente com a abordagem isolacionista de Trump, marcando uma encruzilhada crítica para a política externa americana.

Com informações da Reuters

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