18/3/2024 14:42

Lula condena a instrumentalização da religião para fins políticos

574 visitas - Fonte: PlantãoBrasil/X

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um recente pronunciamento, expressou sua preocupação com a manipulação da fé religiosa no contexto político brasileiro, criticando duramente as ações de partidos que exploram a religião para fins eleitorais. Durante uma reunião ministerial em Brasília, Lula destacou a importância da liberdade religiosa e condenou a utilização vil da fé como instrumento político, em clara referência ao uso político da religião observado durante o governo de Jair Bolsonaro.

Lula tem buscado reconectar-se com a comunidade evangélica, que nos últimos anos inclinou-se politicamente em favor de Bolsonaro, acusado por Lula de manipular a fé dos evangélicos para conquistar apoio. Esta questão religiosa emergiu como um desafio para a popularidade de Lula, especialmente após a crise diplomática entre o Brasil e Israel, provocada por comentários de Lula sobre o conflito na Faixa de Gaza, que não foram bem recebidos por parte da comunidade evangélica.

Recentemente, uma pesquisa apontou uma queda na aprovação do governo Lula, especialmente entre os evangélicos, após suas declarações sobre o conflito em Gaza serem interpretadas por muitos como exageradas. Além disso, Lula enfrenta resistências da bancada evangélica no Congresso, especialmente após o governo brasileiro expressar apoio a uma ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça, acusando o país de genocídio em Gaza.

Ademais, Lula e seu governo encontraram oposição das lideranças evangélicas devido a decisões fiscais que afetam a isenção de impostos de líderes religiosos, uma medida implementada anteriormente por Bolsonaro. Embora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha prometido revisar a questão, o episódio demonstrou o delicado equilíbrio que o governo Lula deve manter ao abordar questões religiosas e fiscais.

Em meio a esses desafios, Lula se mantém firme em sua crítica ao uso político da religião, defendendo uma abordagem que respeite a liberdade de fé sem manipulações. Seu governo continua a buscar maneiras de dialogar e reconciliar as diferenças com a comunidade evangélica, enfatizando a necessidade de separar a esfera religiosa das disputas políticas.

Com informações da Reuters

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