26/3/2024 11:52

ESCÂNDALO! Descoberto CNPJ paralelo em campanha de Bolsonaro, em nome de "laranja"

1476 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, utilizou seu e-mail funcional para criar um CNPJ não oficializado para a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro. O CNPJ, denominado “Eleição SC 2022 Jair Messias Bolsonaro Presidente Ltda”, foi registrado em maio de 2022 em Blumenau, Santa Catarina, sem a devida declaração ao Tribunal Superior Eleitoral. O único sócio da empresa, Rene Moacir Teodoro, era um homem com deficiência intelectual, que faleceu em dezembro do mesmo ano, sem qualquer relação aparente com Bolsonaro ou atividades políticas.

A descoberta desse CNPJ paralelo, ativo por apenas três meses, veio à tona por meio de uma investigação do Intercept Brasil, revelando a complexa trama que envolve figuras próximas ao ex-presidente em atividades potencialmente ilegais. Este CNPJ foi encerrado um dia após o registro oficial da campanha de Bolsonaro ser validado pelo TSE, utilizando o mesmo endereço eletrônico equivocado, mauro.cio@presidencia.gov.br, evidenciando um possível uso indevido de recursos e informações governamentais em benefício da campanha.



A história de Teodoro, cujos dados pessoais foram utilizados sem seu conhecimento para fins eleitorais, destaca a vulnerabilidade de cidadãos às manipulações por parte de pessoas em posições de poder, além de levantar questões sobre a segurança de dados pessoais no Brasil. Após sua morte, familiares relataram que Teodoro já havia sido vítima de fraude, com seu nome sendo usado para registrar empresas e contrair dívidas sem seu consentimento.

Consultas realizadas à Prefeitura de Blumenau e contadores revelaram que as informações de contato para registro empresarial dependem da honestidade dos sócios e administradores, sem verificações de autenticidade por parte das autoridades municipais. A utilização do e-mail funcional de Mauro Cid para registrar um CNPJ ligado à campanha eleitoral de Bolsonaro aponta para uma violação das normativas eleitorais, que exigem que tais registros sejam vinculados diretamente ao candidato ou ao seu partido.

Especialistas em Direito Eleitoral consultados pela reportagem enfatizaram a gravidade das irregularidades expostas, indicando a necessidade urgente de investigação aprofundada pelos órgãos competentes. Essas ações não apenas desrespeitam a legislação eleitoral, mas também comprometem a integridade do processo democrático.

Os envolvidos no caso, incluindo o ex-presidente Bolsonaro e Mauro Cid, ainda não ofereceram explicações satisfatórias para as irregularidades apontadas, levantando suspeitas sobre o uso indevido de recursos públicos e a manipulação de informações para fins eleitorais.

Leia a reportagem completa:
Com informações do Intercept Brasil. Leia a reportagem completa



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