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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu assumir pessoalmente a análise do caso envolvendo a estadia de Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria em Brasília, após seu passaporte ser apreendido pela Polícia Federal. Este episódio, revelado pelo The New York Times, destaca-se por sua sensibilidade política, uma vez que Bolsonaro procurou refúgio durante investigações de uma possível tentativa de golpe para obstruir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Membros da Procuradoria-Geral da República (PGR) indicam que essa situação é considerada extremamente delicada, levando Gonet a centralizar sua atenção no caso. A PGR aguarda a defesa de Bolsonaro, que tem um prazo de 48 horas estipulado pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, para se manifestar sobre a possibilidade de prisão preventiva do ex-presidente, uma solicitação feita por aliados do governo atual.
O episódio gerou estranhamento entre altos membros do Ministério Público Federal, interpretando a ação de Bolsonaro como um gesto político de desespero. Revelações do jornal norte-americano detalham que Bolsonaro buscou abrigo na Embaixada da Hungria, temendo uma possível prisão devido às acusações que vão desde a tentativa de um golpe de Estado até a falsificação de certificados de vacinação.
Durante sua estadia na embaixada, de 12 a 14 de fevereiro, Bolsonaro contou com a companhia de seguranças e foi acolhido pela equipe do embaixador húngaro. Sua presença na embaixada, buscando apoio do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, conhecido por sua postura de extrema direita, sugere uma tentativa de Bolsonaro de escapar das autoridades brasileiras.
Este caso, além de demonstrar a conexão política entre Bolsonaro e Orban, levanta questões significativas sobre os limites da diplomacia e da justiça. A PGR, ao assumir a análise do caso, sinaliza a seriedade das implicações para a democracia brasileira e a importância de um tratamento cuidadoso dessa questão.
Com informações do Brasil 247
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