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Em São Paulo, sob a liderança do governador Tarcísio de Freitas e do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, houve um alarmante aumento de 138% no número de pessoas mortas pela polícia em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior. Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) revelam que, neste fevereiro, 88 vidas foram perdidas pelas mãos das forças de segurança, marcando este como o mês mais letal em mais de uma década. Este cenário sombrio reflete uma tendência crescente de violência policial, que se intensificou desde a posse de Tarcísio, com um salto de 38% nas mortes policiais durante seu primeiro ano no cargo.
A Operação Escudo, especialmente letal na Baixada Santista, destaca-se pela sua brutalidade, tendo sido denunciada nacional e internacionalmente. Originada como resposta às mortes de policiais, a operação foi marcada por relatos de tortura, execuções extrajudiciais e ameaças. Moradores e ativistas denunciam essa resposta como uma forma de vingança desmedida. O aumento da violência policial levou à denúncia da situação para a Organização das Nações Unidas (ONU), chamando a atenção para as práticas abusivas das forças de segurança.
Uma comitiva de entidades de Direitos Humanos, após visitas à região, produziu um relatório detalhando invasões domiciliares, agressões e ameaças perpetradas pela polícia, além de relatar o desrespeito contínuo à dignidade e segurança dos moradores afetados. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo defende as ações policiais, argumentando a distinção entre homicídios dolosos e mortes resultantes de intervenção policial, justificando os confrontos como respostas à resistência armada.
Contudo, a alta letalidade e as práticas violentas empregadas na Operação Escudo e outras ações similares levantam sérias preocupações sobre o compromisso das autoridades estaduais com os direitos humanos e a segurança pública. A insistência em abordagens agressivas, apesar das críticas e denúncias, sugere uma perigosa tolerância à violência estatal e um desafio à justiça e à paz social em São Paulo.
Com informações da Fórum
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