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Na cidade de São Carlos, interior de São Paulo, uma tentativa de homenagear o ex-presidente Jair Bolsonaro com o título de cidadão honorário foi barrada após mobilização do setor democrático local. A iniciativa partiu do vereador Moisés Lazarine (União Brasil) no início de março, mas enfrentou resistência imediata, evidenciando a discordância em conceder tal distinção a uma figura controversa como Bolsonaro, cuja gestão é marcada por acusações de atos contra a democracia.
Apesar de uma sessão inicial não ter alcançado quórum, uma votação subsequente em 12 de março mostrou maioria favorável à homenagem. Contudo, os critérios para a concessão do título, de acordo com a Lei Orgânica de São Carlos, requerem o apoio de dois terços dos vereadores, o que não foi atingido, deixando a decisão sob questionamento legal.
Representantes da oposição, liderados pela vereadora Raquel Auxiliadora (PT), agiram prontamente contra a decisão, argumentando que a manobra visava apenas proteger Bolsonaro de enfrentar as responsabilidades por suas ações enquanto presidente. Eles recorreram à justiça, destacando o desrespeito à lei e à manipulação política em benefício próprio, características frequentemente associadas ao bolsonarismo.
A justiça de São Carlos acatou a argumentação da oposição, com a juíza Gabriela Muller Carioba Attanasio reconhecendo a irregularidade no quórum e suspendendo a concessão do título até uma avaliação mais detalhada do caso. Essa decisão foi celebrada por Raquel Auxiliadora como uma vitória da ética e da legalidade, impedindo a promoção de um golpista e reafirmando o compromisso de São Carlos com os princípios democráticos.
Com informações da Fórum
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