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Na data que marca os 60 anos do golpe militar de 1964, o ex-presidente Jair Bolsonaro optou pelo silêncio, contrastando com seu histórico de elogios ao regime militar. Sua ausência de comentários ocorre em um momento delicado, enquanto enfrenta uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre sua participação em atos que buscam subverter a democracia, sob supervisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Diferentemente de Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe optaram por reafirmar o compromisso com a democracia, sem destacar diretamente o aniversário do golpe. Paulo Pimenta, à frente da Secretaria de Comunicação, expressou nas redes sociais uma mensagem de resistência democrática, sublinhando a superação do ódio pela esperança.
O golpe de 1964, que depôs o presidente João Goulart e instaurou um regime ditatorial no Brasil, é lembrado pelas severas violações aos direitos humanos, incluindo censura, perseguição política, tortura e assassinatos, perpetradas ao longo de mais de duas décadas.
Apesar dos graves abusos cometidos durante esse período, Bolsonaro não apenas manifestou apoio ao regime militar, mas também glorificou figuras controversas, como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, durante sua carreira política. Essas declarações refletem uma visão distorcida da história e da justiça.
Atualmente, Bolsonaro se vê imerso em uma investigação minuciosa da PF que busca esclarecer as tentativas de golpe visando sua permanência no poder após as eleições de 2022. A ação da PF incluiu operações em fevereiro destinadas a averiguar os esforços para desestabilizar o Estado Democrático de Direito.
A postura de Bolsonaro, marcada por uma nostalgia autoritária, contrasta com a defesa inabalável da democracia por parte do governo atual, reiterando a importância da memória histórica e do compromisso com os direitos humanos e a liberdade.
Com informações do Brasil 247
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