18/4/2024 12:19

Brasil avança para incluir mulheres em papéis de combate nas Forças Armadas

178 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O Ministério da Defesa do Brasil está avançando com estudos para permitir que mulheres desempenhem funções de combate nas Forças Armadas. Esta iniciativa vem após debates no Supremo Tribunal Federal (STF), onde previamente se argumentava que a "fisiologia feminina" representava um obstáculo para a entrada de mulheres nas forças militares.

Uma nova proposta sugere que as mulheres poderão se alistar voluntariamente aos 18 anos, com previsão de que o primeiro grupo se aliste em 2025 para ingressar nas Forças Armadas no ano seguinte. Essa medida foi consolidada por uma portaria assinada pelo ministro José Múcio Monteiro, marcando um avanço significativo na igualdade de gênero dentro do setor militar.

Historicamente, as mulheres começaram a ingressar nas Forças Armadas brasileiras na década de 1980, iniciando pela Marinha, seguida pela Força Aérea e pelo Exército. No entanto, suas funções eram restritas a áreas específicas, como saúde e manutenção. Atualmente, das 360 mil pessoas que compõem as Forças Armadas, apenas 34 mil são mulheres.

A Procuradoria-Geral da República contestou a limitação de funções para mulheres nas Forças Armadas em ações apresentadas ao STF. A procuradora-geral interina, Elizeta Ramos, defendeu que não existe justificativa constitucional para restringir a participação feminina em todas as capacidades militares, considerando isso uma forma de tratamento discriminatório.

Enquanto isso, há décadas que outros países, incluindo aliados ocidentais como França, Alemanha e Canadá, permitem que mulheres atuem em linhas de frente de conflitos. O Brasil agora se movimenta para se alinhar a essa prática global, reafirmando o compromisso com a igualdade de gênero em todos os setores.

Com informações do DCM

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