19/4/2024 12:27

Allan dos Santos criou perfil falso para vincular Lula às FARC

774 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O blogueiro Allan dos Santos, bolsonarista atualmente foragido da justiça brasileira, esteve no centro de uma nova polêmica internacional. Desta vez, sua atuação ocorreu a partir de um perfil clandestino na plataforma X, anteriormente Twitter, onde propagou uma acusação falsa vinculando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Esse conteúdo foi prontamente censurado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacando a necessidade de combater desinformações perigosas.

Recentemente, um relatório divulgado pelo Comitê de Assuntos Jurídicos da Câmara dos Estados Unidos, controlado por membros do Partido Republicano e liderado pelo trumpista Jim Jordan, criticou as ações do STF. O relatório acusa o judiciário brasileiro de censurar a liberdade de expressão, usando como exemplo as ações contra figuras extremistas como Allan dos Santos. Este documento foi revelado em um contexto de ataques coordenados por Elon Musk, que repercutem um discurso de suposta opressão judicial no Brasil.

Segundo o relatório, o STF teria usurpado poderes excessivos, posicionando-se simultaneamente como investigador, promotor e juiz em certos casos desde 2019. Essas ações são representadas pelas decisões de Moraes, que, embora protejam a ordem pública contra desinformação e incitação à violência, são retratadas pelos republicanos como uma forma de autoritarismo judicial.

Este movimento por parte dos parlamentares dos EUA parece ser mais uma tentativa de influenciar percepções internacionais e apoiar a narrativa de Bolsonaro e seus seguidores, que frequentemente se apresentam como vítimas de perseguição política. Este relatório busca não só descreditar a administração Biden, acusando-a de promover censura, mas também alinhar-se com outros países que, segundo eles, enfrentam problemas semelhantes de restrição à liberdade de expressão, como Canadá e França.

A ação do Comitê de Assuntos Jurídicos, contudo, não possui real poder decisório sobre políticas externas ou judiciárias brasileiras, servindo mais como uma ferramenta política para moldar debates e influenciar opiniões dentro dos Estados Unidos.

Com informações do DCM

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