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O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, tomou uma decisão controversa ao retirar a tornozeleira eletrônica do contraventor Rogério Andrade, causando surpresa entre seus colegas de corte. Esta ação parece estar enraizada em uma relação processual preexistente entre o ministro e o contraventor, que foi detalhada em uma reportagem do portal Sportlight em 2022, revelando um histórico de decisões favoráveis a Andrade.
Rogério Andrade foi detido dois anos atrás em uma operação que investiga a exploração de jogos de azar e corrupção policial no Rio de Janeiro. Ao longo dos anos, Kassio Nunes Marques, inicialmente como desembargador e depois como ministro do STF, emitiu várias decisões que beneficiaram Andrade e seus associados em diversos casos.
Curiosamente, Andrade e o senador Flávio Bolsonaro, que recomendou Nunes Marques para o STF, compartilham conexões com figuras ligadas à contravenção e milícias no Rio. No gabinete de Flávio, trabalharam pessoas próximas ao miliciano Adriano da Nóbrega, enquanto o filho de Andrade foi guardado pelo miliciano Ronnie Lessa, ambos acusados de envolvimento no assassinato de Marielle Franco.
A influência de Rogério Andrade se estende ao carnaval carioca, sendo ele o patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, onde Alexandre Ramagem, também ligado à família Bolsonaro, lançou sua pré-candidatura à prefeitura do Rio. Andrade, agora livre da monitoração por tornozeleira, por decisão de Nunes Marques, continua sendo uma figura central na contravenção do Rio.
Essa conexão entre Nunes Marques e figuras controversas como Rogério Andrade e Adriano da Nóbrega é preocupante, considerando as decisões passadas do ministro que beneficiaram diretamente esses indivíduos, incluindo decisões sobre prisões e operações financeiras suspeitas.
Com informações do Jornal GGN
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