25/4/2024 18:37

Morte de senegalês em São Paulo gera protestos contra brutalidade da polícia de Tarcísio

303 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Em São Paulo, um protesto intensificou-se pelas ruas centrais da cidade, clamando por justiça pela morte trágica de Talla Mbaye, um senegalês de 38 anos. Mbaye teria morrido após cair do sexto andar de seu prédio na última terça-feira, um incidente que sua comunidade afirma ter sido resultado de uma brutalidade policial, não um suicídio como sugerido pelos relatos iniciais da polícia.

Testemunhos de colegas e vizinhos de Mbaye sugerem que ele foi torturado e atirado do prédio por policiais. Relatos incluem frases chocantes supostamente ditas por policiais no momento do ocorrido, como “o lixo caiu” e “o lixo foi jogado”. A indignação é amplificada por declarações de um artista local, Kara Modou, que acusou um dos policiais de ter uma intenção prévia de matar um africano.

?? Talla Mbaye, um senegalês de 38 anos, faleceu após, supostamente, se jogar do 6º andar de um prédio durante uma ação da PM na Rua Guaianases, no centro de São Paulo, na última terça-feira (23).

A PM informou que os policiais foram ao prédio para investigar uma denúncia de que… pic.twitter.com/rtg2pq4KWC

— Africanize (@africanize_) April 25, 2024

A Polícia Militar justifica a presença no local do incidente como parte de uma investigação sobre o comércio ilegal de celulares roubados, alegando que Mbaye resistiu à abordagem policial. No entanto, a comunidade refuta essa versão, descrevendo um cenário de agressão desproporcional por parte dos oficiais.

O protesto agregou tanto brasileiros quanto senegaleses residentes na região, vestidos com roupas típicas africanas e camisetas estampadas com o rosto de Mbaye. Eles exigem uma investigação apropriada e justiça contra a violência policial que, segundo eles, está sistematicamente direcionada à comunidade africana em São Paulo.

Um africano, morador do Brasil há sete anos e conhecido da vítima, criticou a ação policial no Instagram, denunciando a corrupção e a falta de preparo dos policiais brasileiros. A morte de Mbaye, que deixa para trás duas crianças, foi registrada oficialmente como "receptação, desobediência e morte acidental", uma classificação que os manifestantes veementemente contestam.


A morte de Talla Mbaye continua a suscitar questões profundas sobre a conduta da polícia e a segurança dos imigrantes africanos em São Paulo.

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