9/5/2024 19:08

PGR conclui que irmãos Brazão mandaram matar Marielle por interesses econômicos

290 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O assassinato da vereadora Marielle Franco foi meticulosamente orquestrado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, conforme aponta a Procuradoria-Geral da República (PGR). A motivação do crime seria silenciar Marielle e intimidar o PSOL, partido ao qual ela pertencia, para proteger os interesses dos Brazão em empreendimentos imobiliários irregulares na Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma área conhecida por sua forte presença miliciana.

A PGR revela que a eleição de Domingos Brazão para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) foi um dos gatilhos do conflito, visto que Marielle e o PSOL haviam ativamente contestado sua nomeação, o que ameaçava os interesses dos Brazão. Em resposta, eles infiltraram o miliciano Laerte Silva Lima no PSOL para coletar informações internas.

Marielle, eleita em 2016, tornou-se uma voz ativa contra as políticas habitacionais que favoreciam a grilagem, promovidas pelos Brazão. Seus esforços para regulamentar a ocupação de terras por pessoas de baixa renda cruzavam diretamente com os interesses dos irmãos em lucrar com a venda de imóveis ilegais.

O descontentamento dos Brazão culminou quando Marielle votou contra um projeto de lei que beneficiava os loteadores e organizou reuniões comunitárias em áreas de influência dos Brazão. Este ato foi visto como uma ameaça direta, levando-os a decidir pela eliminação física da vereadora como forma de desencorajar qualquer oposição futura e manter suas atividades ilícitas sob proteção.

O assassinato foi meticulosamente planejado com o auxílio de Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil, que providenciou suporte estratégico ao crime, e foi executado com a participação do PM Ronald Alves de Paula, o Major Ronald, e Robson Calixto da Fonseca, ambos ligados aos Brazão. A operação foi projetada para evitar suspeitas que pudessem atrair a atenção da Polícia Federal, escolhendo um momento e local que minimizassem o risco de investigações aprofundadas.

Com informações do DCM

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