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A investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018, revelou detalhes cruciais sobre a participação de figuras ligadas à milícia no planejamento e execução do crime. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou Ronald Paulo Alves Pereira, conhecido como Major Ronald, como uma das peças chave, ao monitorar as redes sociais de Marielle e detectar sua presença em um evento na Casa das Pretas, local escolhido para o crime.
O Major Ronald, já condenado por outros homicídios, passou as informações do evento para Edmilson "Macalé", que por sua vez comunicou Ronnie Lessa, o executor. Este planejamento minucioso resultou na emboscada fatal fora do trajeto usual da vereadora, uma estratégia para evitar suspeitas políticas, conforme a investigação.
Ronnie Lessa aceitou o crime sob a garantia de que não haveria represália da polícia, conforme afirmações de que Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, teria colaborado na elaboração do plano. Rivaldo teria instruído que o assassinato não ocorresse no trajeto da Câmara Municipal para reduzir a percepção política do ato.
Além de Ronald, Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe e assessor de Domingos Brazão no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), também foi denunciado. Peixe teria agido como intermediário entre os irmãos Brazão, também mandantes do crime, e Ronnie Lessa, solidificando a conexão entre políticos, milícias e executores.
A recente prisão de Peixe e a denúncia da PGR contra ele, os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa reforçam o envolvimento de uma rede criminosa complexa, onde políticos, milicianos e oficiais corruptos se entrelaçam. Esta descoberta é um passo crucial para desvendar os meandros do assassinato de Marielle Franco e garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados.
Com informações do DCM
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