2/8/2024 15:08

Lula aguarda provas eleitorais enquanto Argentina e Uruguai seguem os EUA e reconhecem González

297 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Na sexta-feira (2), Argentina e Uruguai seguiram os Estados Unidos ao reconhecerem Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela, desafiando a reeleição de Nicolás Maduro, apesar da confirmação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano.

A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, alinhou-se à declaração do chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, afirmando que “todos podemos confirmar, sem qualquer dúvida, que o legítimo vencedor e presidente eleito é Edmundo González”. A posição argentina foi justificada com base nos resultados divulgados pelo site “resultadosconvzla.com”, onde a oposição venezuelana apresentou as atas eleitorais oficiais. Pouco depois, o presidente argentino Javier Milei reforçou a posição de seu governo ao republicar a mensagem em sua conta na rede social X.

Manuel Adorni, porta-voz presidencial argentino, declarou que “o ditador Maduro perdeu as eleições e nunca apareceram as famosas atas onde ele iria demonstrar que havia vencido”. Adorni destacou a destruição causada pelo chavismo na Venezuela, levando milhões a deixar o país e empobrecendo a população.

O Uruguai, liderado por Luis Alberto Lacalle Pou, também reconheceu a vitória de González. O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, afirmou: “Em função da evidência contundente, fica claro para o Uruguai que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela. Esperamos que a vontade do povo venezuelano seja respeitada”.

Com essa posição, a Argentina se junta aos Estados Unidos e ao Peru na não aceitação da reeleição de Maduro nas eleições de 28 de julho. A posição argentina aumenta a pressão sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que aguarda a divulgação das atas eleitorais prometidas por Maduro, mas ainda não apresentadas. Brasil, Colômbia e México divulgaram um comunicado conjunto pedindo uma “verificação imparcial” dos resultados eleitorais na Venezuela.

Na segunda-feira (29), o CNE proclamou Maduro como presidente reeleito para um terceiro mandato de seis anos, com 51% dos votos contra 44% de González. A oposição, porém, afirma possuir cópias de mais de 80% das atas, mostrando que González obteve 67% dos votos.

Com informações do DCM

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