13/8/2024 11:49

TSE pronto para cassar governador bolsonarista de Roraima por abuso de poder

1197 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve confirmar na sessão desta terça-feira (13) a cassação do governador bolsonarista de Roraima, Antonio Denarium (PP), e de seu vice, Edilson Damião (Republicanos). Em novembro, o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) já havia cassado o mandato de Denarium por abuso de poder econômico e uso da máquina pública em benefício eleitoral.



A corte regional destacou que Denarium distribuiu cestas básicas durante um evento de sua campanha à reeleição em 2022. O governador argumenta que a ação fazia parte do programa "Cesta da Família", mas o TRE entendeu que o aumento no número de beneficiários foi uma tentativa de comprar votos, estratégia semelhante à adotada por Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Denarium ampliou o alcance do programa, passando de 10 mil para 50 mil beneficiários, além de expandir o "Morar Melhor", semelhante ao Minha Casa Minha Vida.



Denarium já foi cassado três vezes pelo TRE-RR por abuso de poder político e econômico, mas teve as decisões anuladas pelo TSE. Caso a cassação seja confirmada, ele perderá o mandato e ficará inelegível por oito anos, com novas eleições sendo realizadas no estado.



Denarium nasceu em Anápolis, Goiás, e mudou-se para Roraima em 1994 como gerente do banco Bamerindus. Ele iniciou sua carreira política em 2010 como suplente ao Senado e, em 2018, foi eleito governador de Roraima pelo PSL, partido de Bolsonaro na época. Durante seu mandato, destacou-se como apoiador fervoroso de Bolsonaro.



O estado de Roraima, sob a gestão de Denarium, enfrentou crises graves, como o genocídio Yanomami. Denarium tentou minimizar a situação ao afirmar que o problema não era exclusivo de Roraima, apesar das denúncias de garimpo ilegal em terras indígenas e suas consequências devastadoras para a população Yanomami.



Denarium também enfrenta desafios judiciais, com sua irmã e sobrinho sendo alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro proveniente de ouro ilegal. A operação investiga um esquema que movimentou R$ 64 milhões em dois anos, suspeitando-se que o dinheiro seja proveniente da extração ilegal na Terra Indígena Yanomami.



Com informações da Fórum



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