10/2/2025 14:55

PF investiga Arthur Lira por esquema bilionário de emendas

2503 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

A Polícia Federal está ouvindo parlamentares para investigar um possível esquema de manipulação de emendas parlamentares promovidos pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O inquérito, conduzido pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), busca esclarecer se Lira interferiu no orçamento para liberar R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão, favorecendo aliados e dificultando a transparência na distribuição dos recursos.

Nesta terça-feira (11), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) prestará depoimento, dando continuidade aos relatos já colhidos pela PF. Na semana passada, foram ouvidos os deputados José Rocha (União-BA) e Adriana Ventura (Novo-SP), que denunciaram a falta de deliberação colegiada sobre as emendas, alegando que as decisões eram impostas de forma arbitrária. A deputada Ventura afirmou que as listas de distribuição "chegavam prontas", sem qualquer debate nas comissões.

A investigação também apura o possível envolvimento de lobistas na destinação das emendas, levantando suspeitas sobre a influência de agentes externos no processo. O senador Cleitinho já havia feito declarações públicas insinuando que os recursos poderiam estar sendo desviados. Diante das denúncias, o ministro Flávio Dino determinou a suspensão do pagamento das emendas até que a legalidade do processo seja esclarecida.

A manobra de Lira gerou reações em diversos setores do Congresso, inclusive entre parlamentares de diferentes espectros ideológicos. Flávio Dino destacou que as denúncias não se tratam de simples disputas políticas, mas de indícios de práticas criminosas que precisam ser investigadas. A PF quer entender até que ponto o ex-presidente da Câmara manipulou a distribuição dos recursos e se houve favorecimento ilegal.

Embora Lira ainda não tenha sido formalmente citado no inquérito, a PF considera que sua atuação se insere em um "contexto de práticas teoricamente delitivas". O ex-presidente da Câmara se defendeu alegando que seguiu as normas estabelecidas e que a distribuição das emendas respeitou critérios rigorosos. No entanto, as investigações avançam e podem resultar em uma nova crise para o bolsonarismo no Congresso.

Com informações da CNN Brasil

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