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Em meio à devastadora guerra que já dura mais de dois anos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou neste sábado (19) uma trégua pascal temporária, válida das 18h de sábado até a meia-noite de domingo para segunda-feira (horário de Moscou). A decisão, segundo ele, tem caráter "humanitário", mas vem acompanhada de um aviso: as tropas russas estão autorizadas a responder caso a Ucrânia não respeite o cessar-fogo.
Putin afirmou que espera reciprocidade por parte do governo ucraniano e que todas as ações militares devem ser interrompidas durante o período da Páscoa ortodoxa. A iniciativa foi divulgada após uma reunião com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov.
Apesar da aparência conciliatória, analistas internacionais apontam que o gesto tem forte apelo simbólico e político, mais voltado à imagem internacional da Rússia do que à efetiva pacificação. A guerra iniciada com a invasão russa em 2022 já deixou mais de 12 mil civis mortos e milhões de deslocados, além da destruição sistemática de cidades inteiras na Ucrânia.
Essa não é a primeira vez que o Kremlin faz anúncios de tréguas temporárias em datas religiosas ou eventos simbólicos, muitas vezes descumpridos na prática por ambos os lados. O uso do cessar-fogo como ferramenta de propaganda também tem sido criticado por diplomatas europeus, que cobram medidas concretas para negociações de paz duradouras — algo ainda distante da realidade do conflito.
A resposta oficial da Ucrânia ao anúncio russo ainda não foi divulgada até o momento.
Com informações da Sputnik
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