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Mesmo debilitado após uma pneumonia, o Papa Francisco apareceu neste domingo de Páscoa (20) na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e fez um apelo enfático por paz e justiça. Em mensagem lida por um colaborador, o pontífice denunciou o horror vivido pelo povo palestino em Gaza, exigiu cessar-fogo imediato e lembrou a importância do combate ao antissemitismo em todo o mundo.
Aos 88 anos, o Papa classificou como “dramática e ignóbil” a situação humanitária em Gaza, que sofre sob o cerco israelense há meses. Francisco apelou pela libertação dos reféns, mas também pela ajuda urgente aos civis palestinos, duramente castigados por uma ofensiva militar que já matou milhares de crianças e destruiu hospitais, escolas e casas.
Ao mesmo tempo, o pontífice se posicionou contra todas as formas de intolerância religiosa e de ódio, inclusive o antissemitismo, destacando que não há paz possível sem liberdade de expressão e respeito aos direitos fundamentais. “É preciso derrubar as barreiras que criam divisões e não ceder à lógica do medo que aprisiona a humanidade”, afirmou.
Em sinal de continuidade do diálogo com lideranças políticas globais, Francisco se reuniu brevemente com o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. O encontro acontece após críticas duras do pontífice à política migratória xenófoba promovida pelo governo de Donald Trump.
Durante a Semana Santa, o Papa manteve sua tradição de visitar detentos e reforçou, mesmo à distância, mensagens de compaixão e inclusão, reafirmando o papel do Vaticano como voz moral diante das injustiças que assolam o planeta.
Com informações do Brasil247
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