23/4/2025 16:08

PL tenta usar Ramagem como escudo para blindar Bolsonaro de condenação

419 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Aliados da extrema-direita bolsonarista tentam, mais uma vez, impedir o avanço da Justiça contra Jair Bolsonaro e seus cúmplices na tentativa de golpe de Estado. Agora, a aposta do PL é usar um pedido protocolado por Sóstenes Cavalcante para suspender a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem, aliado direto do ex-presidente e integrante do núcleo operacional da trama golpista. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde o bolsonarismo ainda busca força para blindagens vergonhosas.

Ramagem foi transformado em réu pela Primeira Turma do STF por envolvimento no núcleo estruturante da organização criminosa golpista liderada por Bolsonaro. A manobra do PL tenta aplicar o artigo 53 da Constituição para paralisar a ação penal, estendendo esse artifício não apenas a Ramagem, mas também ao próprio Bolsonaro e a outros envolvidos. A intenção é adiar o julgamento e empurrar o caso para o ano eleitoral de 2026, numa clara tentativa de contaminar o processo político.

Mesmo sabendo que o STF já deixou claro que uma eventual suspensão beneficiaria apenas Ramagem, advogados da quadrilha bolsonarista querem forçar uma nova interpretação. A relatoria do pedido na Câmara ficou com Alfredo Gaspar (União-AL), bolsonarista de carteirinha. A presidência da CCJ, comandada por Paulo Azi (União-BA), prometeu pautar a proposta já na próxima semana.

Diante do novo ataque à democracia, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), entrou com um pedido no STF para que a Corte se manifeste imediatamente sobre os limites legais dessa movimentação. Lindbergh classificou o pedido do PL como uma “continuidade do golpe”, alertando para o risco institucional. “Qual a diferença entre os que quebraram o STF e os que querem impedir a Justiça de funcionar? É o mesmo método”, disse o deputado.

A manobra indecente mostra, mais uma vez, que a extrema-direita não quer Justiça, mas sim impunidade. Enquanto isso, Valdemar Costa Neto — presidente do PL e também investigado — tenta se manter no comando da quadrilha política que ainda insiste em atacar as instituições democráticas do país.

Com informações da Fórum

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