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Em mais um episódio de sua cruzada contra a China, o presidente norte-americano Donald Trump afirmou nesta quinta-feira (24) que a Boeing deveria romper com o país asiático, após a recusa chinesa em aceitar entregas de aviões já encomendados. O ultradireitista usou sua rede Truth Social para atacar Pequim e acusá-la de prejudicar os Estados Unidos há anos, numa tentativa desesperada de inflamar sua base em ano eleitoral.
Trump sugeriu que a Boeing declare calote contratual sobre os acordos com a China, alegando que o país asiático deixou de honrar a compra de aeronaves “belíssimas”. Além disso, ele voltou a acusar a China pela crise do fentanil nos Estados Unidos, dizendo que a droga, segundo ele, segue entrando no país e matando centenas de milhares de americanos — uma narrativa típica de campanha para desviar o foco dos problemas internos.
A tensão entre EUA e China se intensificou após revelações da Bloomberg, no início do mês, indicando que o governo chinês orientou suas companhias aéreas a suspenderem futuras compras de aviões da Boeing, além de evitarem a aquisição de peças e equipamentos de empresas norte-americanas. O movimento é visto como resposta à ofensiva tarifária de Trump e às hostilidades comerciais de Washington.
A resposta oficial de Pequim veio por meio do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, que negou qualquer tipo de proibição formal à Boeing. A fala demonstra a disposição chinesa de manter a diplomacia, apesar dos constantes ataques de Trump, que parece cada vez mais isolado e desmoralizado no cenário internacional.
A postura agressiva do republicano reflete o desespero de um presidente que vê sua liderança econômica derretendo, com aliados empresariais abandonando seu projeto de governo e a economia norte-americana cambaleando diante de sua guerra comercial fracassada.
Com informações do Brasil 247
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