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Em entrevista ao canal chinês CGTN, a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, defendeu a construção de uma ordem internacional mais justa, multilateral e baseada na cooperação entre países em desenvolvimento. Dilma destacou o papel central dos BRICS nesse processo e reafirmou que o banco, sediado em Xangai, consolida um modelo de financiamento alternativo, sem imposições ou condicionantes como os exigidos por instituições financeiras controladas pelo Ocidente.
A entrevista foi concedida logo após a visita do presidente da China, Xi Jinping, à sede do NDB. Segundo Dilma, Xi reforçou o apoio à instituição e apontou diretrizes estratégicas para os próximos anos: foco no Sul Global, investimentos em infraestrutura e tecnologia e incentivo à inovação.
Dilma enfatizou que o NDB já aprovou cerca de 120 projetos, somando US$ 40 bilhões, e ressaltou o uso de moedas locais nos financiamentos, reduzindo a dependência do dólar. Ela também elogiou a trajetória chinesa no combate à pobreza e no avanço tecnológico, atribuindo esse êxito à liderança de Xi Jinping e à proposta de um “socialismo com características chinesas”.
Ao criticar o unilateralismo e a política tarifária dos Estados Unidos, a ex-presidenta brasileira classificou a guerra comercial como um dos maiores erros possíveis, reforçando que tais práticas enfraquecem a estabilidade global e estimulam a desdolarização. “Estão tentando controlar o mundo com tarifas e sanções, mas o efeito será o oposto: mais autonomia para os países do Sul”, afirmou.
Reeleita para mais um mandato no NDB, Dilma revelou que o banco analisa a entrada de 17 novos membros e seguirá focado em áreas como infraestrutura digital e economia do conhecimento. Por fim, destacou sua experiência em Xangai e a importância de compreender a história chinesa para entender seu modelo de desenvolvimento soberano e solidário.
Com informações do Brasil247
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