5/5/2025 11:08

Golpistas da Abin e do Exército encaram o STF nesta semana

898 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal inicia nesta terça-feira (6) o julgamento de mais uma leva de golpistas ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Sete investigados do chamado “núcleo 4” podem se tornar réus por participação em uma operação de desinformação voltada a sabotar as eleições de 2022 e promover ataques às instituições democráticas. A sessão pode se estender até quarta-feira (7).

Entre os denunciados estão militares da reserva, ex-agentes da Abin e figuras que atuaram diretamente na propagação de mentiras sobre as urnas eletrônicas. Segundo a PGR, o grupo coordenava ações digitais, incentivava manifestações em frente ao QG do Exército e usava indevidamente sistemas da Abin para espionar e desestabilizar o país. Um dos nomes mais notórios é o major da reserva Ailton Barros, que se dizia o “01 de Bolsonaro” e pressionava aliados por um golpe.

Outros denunciados incluem o ex-diretor do Ministério da Saúde Ângelo Denicoli, o engenheiro Carlos Moretzsohn, o subtenente Giancarlo Rodrigues e o ex-comandante do Batalhão de Operações Psicológicas Guilherme de Almeida. A lista também inclui o policial federal Marcelo Bormevet, acusado de incitar violência, e o coronel Reginaldo Abreu, que criticava a hesitação de Bolsonaro em romper com a democracia.

Os crimes imputados são gravíssimos: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e destruição de patrimônio público. Se a maioria da Primeira Turma aceitar a denúncia, os sete se tornarão réus e responderão criminalmente.

Este julgamento dá sequência ao trabalho do STF na responsabilização de todos os envolvidos no plano golpista. Já foram denunciados membros dos núcleos táticos e operacionais da tentativa de golpe, incluindo figuras centrais como Bolsonaro, Braga Netto e Alexandre Ramagem. A PGR já dividiu os conspiradores em ao menos quatro núcleos distintos, todos com provas contundentes de participação em atos contra a democracia.

Enquanto o Brasil fortalece suas instituições e avança no enfrentamento da extrema direita golpista, o Supremo cumpre seu papel de zelar pelo Estado de Direito e mostra que ninguém está acima da lei.

Assista ao vídeo abaixo:

Com informações da Fórum

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