690 visitas - Fonte: Plantão Brasil
Milhares de mensagens falsas começaram a circular em grupos públicos do WhatsApp na manhã da última quarta-feira (30), em uma campanha coordenada de desinformação contra a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A ação utilizou contas automatizadas para espalhar conteúdo enganoso, tentando associá-la de forma maliciosa à crise no INSS, mesmo sem qualquer relação entre os fatos.
A ofensiva digital bolsonarista se intensificou após a Mesa Diretora da Câmara recomendar a suspensão do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), que ofendeu publicamente a ministra durante uma sessão, chamando-a de “prostituta” e citando um codinome usado pela Odebrecht. O ataque, além de misógino, desconsidera que Gleisi foi absolvida por unanimidade pelo STF em 2018.
Mensagens passaram a circular com links antigos de 2016 sobre a empresa Consist, insinuando ligação com o escândalo recente que levou à saída do ex-ministro Carlos Lupi. Os textos distorcem os fatos para construir uma narrativa mentirosa que vincula artificialmente a ministra à atual crise na Previdência.
A ofensiva também recirculou um vídeo antigo de 2017, no qual uma mulher hostiliza Gleisi dentro de um avião. O conteúdo foi reapresentado como se fosse recente, omitindo que a autora da agressão foi condenada em 2019 a indenizar a ministra por danos morais.
Outras mensagens distorceram a razão da possível punição de Gilvan, afirmando que ele foi punido por chamá-la de “amante”, omitindo o uso do termo ofensivo que gerou a reação do Congresso. Assim, tentam transformar o deputado bolsonarista em vítima de censura, como parte de um enredo falso de perseguição.
Essa sequência de ataques segue o padrão clássico de campanhas de desinformação: falseiam, distorcem e rearranjam fatos antigos para alimentar ódio e proteger criminosos, promovendo figuras que atacam a democracia como “heróis da verdade”.
Com informações do DCM
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