6/5/2025 09:15

STF vai julgar deputado que atacou Gleisi com ofensas machistas em rede nacional

2199 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), entrou com uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES), que a ofendeu de forma grotesca durante sessão na Câmara. As declarações criminosas de Gilvan, feitas em rede nacional pela TV Câmara e amplamente repercutidas nas redes, ultrapassaram qualquer limite da imunidade parlamentar e configuram ataque direto à honra da ministra.

Na petição, Gleisi pede que o deputado seja condenado às penas máximas por difamação e injúria, agravadas por terem sido cometidas em ambiente público e com ampla divulgação. A ação também solicita indenização de R$ 30 mil por danos morais. A ministra relembra que já foi inocentada por unanimidade pelo próprio STF no caso Odebrecht, desmentindo qualquer acusação que o deputado tentou reviver com intuito calunioso.

Durante a sessão, Gilvan, conhecido por seu histórico de violência verbal e extremismo bolsonarista, chamou Gleisi de “prostituta” e usou o codinome “Amante” para difamá-la. A tentativa vil de resgatar uma narrativa derrotada na Lava Jato foi vista como mais um ataque da extrema-direita contra uma mulher que ocupa espaço de poder no governo Lula.

Na semana passada, a Mesa Diretora da Câmara também reagiu: enviou ao Conselho de Ética um pedido de afastamento de Gilvan por seis meses. O documento acusa o deputado de ter ferido gravemente o decoro parlamentar ao difamar uma colega em licença para exercício de função ministerial.

Além da ofensa contra Gleisi, pesa contra Gilvan outra declaração revoltante feita em abril: o desejo explícito de morte do presidente Lula. Pressionado pela repercussão negativa, ele tentou recuar, dizendo que havia “exagerado”.

Esse caso evidencia o padrão de comportamento de setores da extrema-direita bolsonarista: abusam da imunidade parlamentar para espalhar ódio, atacar instituições democráticas e propagar violência simbólica, sobretudo contra mulheres e lideranças progressistas.
Com informações do DCM

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