7/5/2025 12:40

Ex-vereador bolsonarista vende fuzis no boleto, via WhatsApp, com entrada e parcelinha

829 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Major da reserva da PM do Rio e ex-vereador bolsonarista, Elitusalem Gomes de Freitas voltou aos holofotes por vender fuzis e pistolas pela sua lista de transmissão no WhatsApp. A mais recente oferta inclui um fuzil Fire Eagle, com entrada de R$ 4 mil e dez parcelas de R$ 1.300 via boleto bancário. Na mesma mensagem, ele pede documentos dos compradores e oferece outros modelos de armas com o slogan grotesco: “Fuzil no boleto bancário, vem que aqui tem”.

O armamento anunciado é o Fire Eagle com cano de 11,5 polegadas, uma arma semiautomática de uso restrito no país, acessível apenas a militares, CACs e forças de segurança. Mesmo assim, Elitusalem trata o comércio como se estivesse vendendo eletrodomésticos, ignorando a gravidade de sua atuação e o risco de facilitar o acesso a armamento pesado.

Além da apologia armamentista, o ex-vereador é reincidente em atitudes questionáveis. Em 2019, foi condenado a dois meses de prisão por críticas ao comando da PM e só escapou de pena maior por ter sido absolvido da acusação de incitação à violência, após declarar que deveriam matar 50 "vagabundos" para cada policial morto. No mesmo ano, acabou transferido para a reserva.

Elitusalem já havia usado o WhatsApp para divulgar imóveis e veículos de luxo, mas agora cruzou mais uma linha ao comercializar armas de forma duvidosa. A venda desse tipo de armamento sem transparência e controle efetivo representa ameaça direta à segurança pública e à legalidade, especialmente em um país que sofre com o uso político das armas por setores extremistas.

O episódio evidencia o legado tóxico da política armamentista promovida por Jair Bolsonaro, que estimulou a proliferação de armas nas mãos de civis, muitos deles ligados a grupos com comportamento radicalizado. A banalização do comércio de armas é mais um reflexo da ideologia que prioriza a violência em detrimento do diálogo e da democracia.

Enquanto o governo Lula atua para reconstruir o controle sobre o armamento no país, casos como o de Elitusalem demonstram a urgência de coibir abusos e responsabilizar quem transforma armas de guerra em produto de varejo.

Com informações do Metrópoles

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