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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parabenizou nesta quinta-feira (8) o novo papa eleito, Robert Francis Prevost, que adotou o nome de Leão XIV. Com 69 anos, Prevost é o primeiro norte-americano a assumir o comando da Igreja Católica. A escolha ocorre em meio a uma conjuntura global marcada por disputas ideológicas e tentativas de instrumentalização da fé por setores ultraconservadores.
Trump, que mantém relações estreitas com setores fundamentalistas da extrema-direita cristã, celebrou a escolha de seu conterrâneo como um feito político: "É uma grande honra saber que ele é o primeiro papa americano", escreveu nas redes sociais. O ex-presidente, que já tentou manipular instituições religiosas em benefício próprio, afirmou ainda estar ansioso para conhecer o novo líder católico.
Durante o conclave, Trump demonstrou publicamente preferência por outro cardeal dos Estados Unidos, Timothy Dolan, conhecido por suas posições ultraconservadoras e alinhadas ao reacionarismo religioso. A indicação de Prevost, apesar de vir do mesmo país, não necessariamente reflete esse alinhamento total com a visão trumpista de mundo.
A eleição do novo pontífice marca o encerramento de uma era iniciada com o papa Francisco, que foi reconhecido internacionalmente por seu compromisso com a inclusão, os pobres, o diálogo inter-religioso e a denúncia das desigualdades — posturas frequentemente criticadas por líderes de extrema-direita como Trump e Bolsonaro.
Embora os setores conservadores tentem capitalizar a nacionalidade do novo papa, a comunidade católica global espera que Leão XIV dê continuidade à postura progressista e voltada aos valores de justiça social de seu antecessor. A fé, afinal, não pode servir de trampolim político para os que atentam contra a democracia e os direitos humanos.
Com informações do Brasil 247
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