17/5/2025 12:39

Rejeição global a Trump cresce e China assume liderança positiva no mundo

2562 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

A volta de Donald Trump ao comando dos Estados Unidos não teve o efeito triunfal que o ex-presidente esperava. Pelo contrário: desde sua posse em janeiro, o mundo assiste a um crescimento do sentimento antiamericano, a perdas eleitorais de seus aliados e a uma queda acelerada da imagem internacional dos EUA. Pela primeira vez em uma década, a China supera os Estados Unidos como país com a influência mais positiva no cenário global.

Nações tradicionalmente aliadas dos EUA como Canadá e Austrália rejeitaram nas urnas políticos alinhados ao trumpismo. No Canadá, o conservador Pierre Poilievre, defensor de pautas semelhantes às de Trump, foi derrotado por Mark Carney, que se posicionou contra a retórica agressiva da extrema-direita e chegou a criticar a sugestão bizarra de Trump de transformar o Canadá no “51º estado americano”. Na Austrália, Anthony Albanese, de centro-esquerda, foi reeleito como contraponto à instabilidade que se intensificou com a volta de Trump.

Paralelamente, o prestígio dos EUA derreteu. Segundo levantamento da Ipsos em 29 países, caiu de 59% para 46% a média de pessoas que veem os Estados Unidos como uma influência positiva. O Canadá foi onde o tombo foi mais grave: 33 pontos a menos. Na América Latina, a desconfiança também cresceu, embora de forma menos acentuada. A pesquisa também revela um marco histórico: a China é hoje o país mais bem visto no cenário global, com 49% dos entrevistados enxergando-a como um agente positivo.

O cenário diplomático reflete diretamente no turismo. A expectativa de crescimento de visitantes internacionais aos EUA em 2025 foi revertida para uma queda de quase 10%. Países como Canadá, Alemanha, México e Equador já registram quedas significativas no número de reservas de voos com destino aos Estados Unidos, em reflexo direto da retórica xenofóbica e das políticas autoritárias da nova gestão republicana.

Enquanto Trump afunda a reputação de seu país com discursos hostis e ações unilaterais, lideranças como o presidente Lula ganham espaço com uma postura voltada ao diálogo, à cooperação internacional e à reconstrução de alianças. O Brasil volta a ser ouvido com respeito em fóruns globais, enquanto os EUA enfrentam resistência até de seus vizinhos mais próximos.

Com informações do g1

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