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O governo russo afirmou neste sábado (17) que o presidente Vladimir Putin pode se reunir com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, desde que haja avanços concretos nas negociações e a construção de acordos entre os dois países. A declaração foi feita pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Embora sem detalhar quais seriam as exigências da Rússia, Peskov sinalizou que o encontro só ocorrerá como resultado de progresso nas tratativas entre as delegações. “A possibilidade existe, mas está condicionada a certos acordos”, afirmou. Ele também apontou a importância de definir quem, do lado ucraniano, teria legitimidade para assinar tais documentos — numa crítica indireta à situação institucional da Ucrânia, que está sob lei marcial e sem novas eleições marcadas desde o fim do mandato de Zelensky.
Na última sexta-feira, pela primeira vez desde março de 2022, representantes dos dois países voltaram a se reunir pessoalmente na Turquia. O encontro contou com diplomatas russos e ucranianos, mas Putin não compareceu — apesar de Zelensky ter sugerido uma reunião direta com o presidente russo.
Desde o início do conflito, em 2022, a Rússia tem mantido uma postura militar agressiva, enquanto a Ucrânia luta por sua integridade territorial com apoio da comunidade internacional. No entanto, as tentativas de cessar-fogo têm esbarrado em entraves políticos e interesses geopolíticos de potências como Estados Unidos e União Europeia.
Lideranças progressistas pelo mundo, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, têm defendido o diálogo e a diplomacia como único caminho possível para encerrar o conflito, que já resultou em milhares de mortes e provocou uma crise humanitária devastadora.
Com informações da Reuters
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